Domingo, 24 de maio de 2020 3 4 5
Segundo
os cientistas da ilha, o anticorpo monoclonal Itolizumab e o peptídeo CIGB-258,
são capazes de controlar a chamada “tempestade de citocinas”, que é o que leva
aos casos graves da doença
Frascos de Itolizumab (foto: Granma)
A pandemia do coronavírus tem feito de Cuba um dos países mais
destacados do mundo, não só pelas brigadas de médicos enviadas a mais de 60
países, como também pelos medicamentos que seus cientistas tem desenvolvido
para enfrentar a covid-19 – infecção causada pelo vírus.
As
novas drogas apresentadas pelos pesquisadores do CIM (Centro de Imunologia
Molecular de Cuba) são o Itolizumab e o CIGB-258.
O Itolizumab é um anticorpo monoclonal geralmente utilizado para
o tratamento de linfomas e de casos de leucemia. Por sua vez, o CIGB-258 é um
peptídeo usado em casos de artrite reumatoide.
Segundo
as autoridades de Saúde cubanas, ambos os medicamentos passaram a ser usados em
pacientes com covid-19 a partir de abril, e ajudaram a reduzir
significativamente o número de mortes.
A
explicação para esse resultado, segundo os cientistas, é que eles atuam
impedindo a chamada “tempestade de citocinas”, efeito provocado pelo
coronavírus no sistema imunológico e que é o que causa os casos graves da
doença, e que pode levar à morte.
O
presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, comemorou o resultado as descobertas
científicas do seu país, e enfatizou o trabalho dos investigadores, que
trabalham “com as limitações que o embargo econômico nos impõe, e mesmo assim
são capazes de resultados como este”.
“A maioria dos pacientes
que chegam a estado crítico estão morrendo. Em Cuba, com o uso dessas drogas,
80% das pessoas em estado crítico ou grave estão sendo salvas”, declarou o
mandatário, em reunião exibida pela televisão estatal cubana, nesta
quinta-feira (21).
Por: Revistaforum.com.br