Sábado, 23 de maio de 2020
Para isso, seria preciso
um gasto adicional de R$ 180 milhões, que é o custo estimado pelo TSE de um dia
adicional de eleição.
Diante do quadro de crise fiscal, porém, outra possibilidade seria expandir o horário de votação, para que dure 12 horas, o que teria um custo menor. (Foto: Walla Santos)
Para reduzir
aglomerações e a exposição de eleitores ao novo coronavírus, uma das hipóteses
em discussão é que as eleições municipais deste ano tenham dois dias de
votação, disse hoje (22), em Brasília, o ministro Luís Roberto Barroso, que
assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana.
Para
isso, seria preciso um gasto adicional de R$ 180 milhões, que é o custo
estimado pelo TSE de um dia adicional de eleição. Diante do quadro de crise
fiscal, porém, outra possibilidade seria expandir o horário de votação, para
que dure 12 horas, o que teria um custo menor.
“Em
vez de irmos até as 17h, irmos talvez até as 20h, e começar às 8h. Portanto,
iríamos de 8h às 20h, 12 horas de votação. Esta é uma ideia, é uma
possibilidade. Essa não depende de lei, podemos nós mesmos regulamentar no
TSE”, disse o ministro, durante uma live promovida pelo jornal Valor Econômico.
Votação
pode ser por faixa etária
A Justiça Eleitoral estuda ainda fazer a votação dividida por faixa etária, nos
diferentes turnos do dia de votação. Para isso, é preciso “ouvir sanitaristas [para
saber] se colocaríamos os mais idosos votando mais cedo, depois os mais jovens
na hora do almoço. A gente tentar fazer uma divisão dessa natureza”, disse
Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal - STF.
O
ministro disse, ainda, que mantém diálogo constante com os presidentes da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sobre o
eventual adiamento do calendário eleitoral. Para a alteração do calendário, é
necessária que o Congresso aprove uma proposta de emenda constitucional (PEC).
A
definição sobre o adiamento das eleições depende ainda da trajetória da curva
de contaminação do novo coronavírus, afirmou Barroso. “Em meados de junho será
o momento de se bater o martelo”, finalizou ele.
Por:
Agência Brasil