Quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
Ex-presidente
foi internado no sábado (6) com quadro de bacteremia. Ele recebeu alta na manhã
desta terça-feira (9) após tratamento com antibióticos. Em 21 de janeiro, Lula
disse que foi diagnosticado com Covid-19 em Cuba.
O ex-presidente Lula, em foto de outubro de 2020 — Foto: Marcelo Brandt/G1
O ex-presidente Lula (PT)
teve alta na manhã desta terça-feira (9) após ter sido internado no sábado (6)
no Hospital Sírio Libanês em São Paulo com quadro de bacteremia, que é a
presença de bactérias na corrente sanguínea.
De acordo
com boletim médico do hospital, o presidente foi medicado com antibióticos por
via venosa.
“O
paciente encontra-se clinicamente estável e teve alta hoje, pela manhã. Ele foi
acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelo Prof. Dr. David Uip e pelo
Prof. Dr. Roberto Kalil Filho”, diz o boletim.
O
hospital não informou se a bacteremia tem alguma relação com o quadro de
broncopneumonia associada à Covid-19 que o ex-presidente apresentou no final do
ano passado.
Diagnóstico de Covid-19: No dia 21
de janeiro, o ex-presidente anunciou que foi diagnosticado com Covid-19 em
Cuba e que fez quarentena no país, ao qual havia chegado em 21 de dezembro. Em
nota, ele disse que não precisou ser internado e que já estava recuperado da
doença causada pelo coronavírus.
Em Cuba,
Lula também foi submetido a um exame de tomografia, que mostrou lesões no
pulmão – segundo o comunicado oficial, elas eram compatíveis com
“broncopneumonia associada à Covid-19”.
A
broncopneumonia é uma inflamação dos brônquios, ao passo que a pneumonia é uma
infecção que se instala nos pulmões. Geralmente causada por bactérias mais
comuns, a broncopneumonia costuma ser mais branda.
Viagem a Cuba: O ex-presidente viajou a
Cuba com uma comitiva que tinha no total de nove pessoas, e apenas uma não teve
resultado positivo para o coronavírus. O único a ser internado foi o escritor
Fernando Morais, que teve complicações pulmonares.
O ex-presidente Lula ao lado do escritor Fernando Morais em Cuba. — Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert
Em
janeiro, Lula afirmou ainda “que decidiu comunicar a doença apenas na chegada
ao Brasil para preservar sua família e a dos demais infectados”.
De acordo
com o comunicado, Lula viajou para Cuba no final de dezembro para as gravações
de um documentário. Ele viajou com sua esposa, a socióloga Rosângela da Silva,
conhecida como Janja, e outras sete pessoas. Antes de embarcar e ainda no
Brasil, todos haviam se submetido a exames do tipo RT-PCR.
Em 21 de
dezembro, quando chegaram a Cuba, fizeram esse mesmo exame, que não apontou
qualquer infecção. Porém, cinco dias mais tarde, seguindo os protocolos cubanos
de testagem de viajantes, todos tiveram de repetir o teste, que finalmente
constatou os resultados positivos para Covid-19. Apenas uma jornalista que
acompanhava o grupo não estava contaminada.
No
comunicado, Lula agradeceu pela “dedicação dos profissionais de saúde e do
sistema de saúde pública cubano”. Disse também disse que o médico e ex-ministro
da Saúde Alexandre Padilha acompanhou a evolução da doença “em contato direto e
diário com os médicos cubanos”.
Por: G1