Quarta-feira, 10 de março de 2021
Em dezembro de 2020, a sentença já
havia sido proferida pelo tribunal de segunda instância da Justiça italiana.
Após a publicação do texto, a defesa do brasileiro tem 45 dias para recorrer à Corte de Cassação, terceira e última instância à qual ele poderá apelar na Itália. (Foto: Reprodução)
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — A
Corte de Apelação de Milão, na Itália, confirmou nesta terça-feira (9) a
sentença de nove anos de prisão para o atacante Robinho e seu amigo Ricardo
Falco pelo crime de violência sexual contra uma mulher albanesa, em 2013, época
em que o jogador defendia o Milan.
Em dezembro de 2020, a sentença já
havia sido proferida pelo tribunal de segunda instância da Justiça italiana,
mas o texto com a condenação foi publicado somente nesta terça, véspera do
vencimento do prazo legal.
As juízas Francesca Vitale, Paola Di Lorenzo e Chiara Nobili destacaram na
sentença "particular desprezo [de Robinho] em relação à vítima, que foi
brutalmente humilhada", além da tentativa de "enganar as
investigações oferecendo aos investigadores uma versão dos fatos falsa e
previamente combinada."
Após a publicação do texto, a defesa do brasileiro tem 45 dias para recorrer à
Corte de Cassação, terceira e última instância à qual ele poderá apelar na
Itália.
Somente depois de uma condenação definitiva a dupla poderá ser considerada
culpada e obrigada a cumprir a pena de nove anos de prisão, além do pagamento
de multa de 60 mil euros (R$ 368 mil).
A Corte de Apelação, quando confirma uma sentença da primeira instância, pode
pedir o cumprimento de medidas preventivas, como prisão ou prisão domiciliar
para determinados tipos de delitos, como casos de violência sexual de grupo.
A condenação de Robinho na primeira instância da Justiça italiana, ocorrida em
2017, voltou à tona em outubro de 2020, depois que o Santos fechou contrato com
o jogador até fevereiro de 2021. O acordo foi suspenso depois da divulgação do
conteúdo de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça italiana, incluídas
como provas no processo.
Em uma das falas mais explícitas, o atacante diz: "Estou rindo porque não
estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que
aconteceu".
Depois de críticas de torcedores e pressão de empresas patrocinadoras, o clube
disse que suspenderia o contrato para que o jogador pudesse se concentrar em
sua defesa. Desde então, ele está afastado do futebol.
No seu depoimento à Justiça, a vítima afirmou que não tinha condições de falar
ou de ficar em pé naquela noite e apontou Robinho como um dos envolvidos na
violência.
Por: Folhapress