Quinta-feira, 15 de julho de 2021
Em
entrevista ao ClickPB, nesta quinta-feira (15), o urologista membro do Comitê
Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), Dr. Vinicius Panico,
explicou que diversos motivos são apontados para o surgimento da doença, como a
falta de informação, de higiene íntima adequada, além da vacina do HPV.
Como apurou o ClickPB, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), identificou anualmente 1.600 mutilação no Brasil devido ao câncer de pênis. (Foto: reprodução)
O câncer de pênis é
um tumor com maior incidência em homens a partir dos 50 anos, mas não quer
dizer que não atinja os mais jovens. O Instituto Nacional do Câncer (INCA)
identificou anualmente 1.600 mutilações no Brasil devido ao câncer de
pênis.
Considerado ainda um tabu por muitos homens,
em entrevista ao ClickPB, nesta quinta-feira (15), o urologista membro do
Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), Dr. Vinicius
Panico, explicou que diversos motivos são apontados para o surgimento da
doença, como a falta de informação, de higiene íntima adequada,
além da vacina do HPV.
"Pouquíssimas pessoas sabem dessa doença. Também não sabem
que um dos tratamentos chega a ser a cirurgia de amputação do
órgão. Essa situação extrema pode ser evitada com
a descoberta precoce, ao identificar uma verruga, pequena
lesão ou vermelhidão no pênis, pode ter o tratamento precoce com a
retirada das pequenas lesões mantendo o órgão", destacou ao reforçar a
importância do acompanhamento médico nas diversas faixas etárias.
"Nós temos a vacina do HPV que faz parte do calendário nacional de
imunização de forma gratuita para meninos entre 11 e 14 meninos e 9 a 14
meninas. Esse vírus é responsável pela maioria dos casos de câncer do
pênis. Quando você tem tanto o homem, quanto a mulher vacinados antes da
iniciação sexual, você tem menos chances de desenvolver a doença. A vacinação
do HPV é muito importante para evitar o câncer de pênis. O HPV é uma das lesões
precursora dessa doença", explicou.
O especialista também destacou a influência da falta de informação que
contribui para o surgimento dos casos. "Além do pai não ir ao
urologista, ele não leva o filho ao médico. Essa questão cultural
dificulta. Temos algumas idades muito importantes para ir ao médico. Desde o
nascimento para saber da saúde do órgão, assim como nas demais faixas etárias,
pois cada uma precisa ter o acompanhamento, assim como as mulheres a
fazem", reforçou.
Dados do Ministério da Saúde apontam que as internações ocasionadas para
tratamento da doença tiverem queda no último ano: foram 1.961 em 2016; 2.017
(2017); 2.142 (2018); 2.194 (2019) e 1.951 em 2020. Entre 2014 e 2018, as
maiores taxas de mortalidade por câncer de pênis foram registradas no Maranhão,
Piauí e Sergipe; e em dois da região Norte: Pará e Tocantins.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mesmo que
menos frequente que outros tumores, como o de próstata, o câncer de pênis
representa cerca de 2% de todos os casos de neoplasias malignas diagnosticadas
entre homens no Brasil, sendo mais frequentes nas regiões Norte e Nordeste –
principalmente entre pessoas de menor grau de instrução e renda.
Sinais do câncer de pênis
É preciso ficar atento a alguns sintomas e sinais, como por exemplo:
-Pele do pênis com alteração
de cor ou mais espessa
-presença de nódulo, ferida
ou úlcera
-protuberâncias avermelhadas
e aveludadas
-secreção persistente
-pequenos edemas sólidos.
Por: Emmanuela Leite/Redação ClickPB