Quinta-feira, 15 de julho de 2021
Com a concentração do produto repassado ao Porto de Suape, a estimativa
é que uma média de R$ 3 seja acrescentado ao valor do gás de cozinha aos consumidores a partir de segunda-feira (19).
Em entrevista ao ClickPB, o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás de Cozinha (Sinregás), Marcos Antônio, explicou que a partir de segunda-feira (19), o preço do gás de cozinha poderá passar de R$ 95. (Foto: Walla Santos)
Além
do constante aumento no preço do gás de cozinha pela Petrobras, agora
os consumidores da Paraíba terão que arcar com um novo reajuste, fruto
do fechamento da distribuidora Nacional Gás Butano (Brasilgás) em
Cabedelo. Com a concentração do produto repassado ao Porto de Suape, a
estimativa é que uma média de R$ 3 seja acrescentado ao valor do gás de cozinha
aos consumidores a partir de segunda-feira (19).
Em entrevista ao ClickPB, o presidente do
Sindicato dos Revendedores de Gás de Cozinha (Sinregás), Marcos
Antônio, explicou que a partir de segunda-feira (19), o preço do gás
de cozinha poderá passar de R$ 95. "Cada vez que aumenta o
preço, é ruim para o consumidor e pior ainda para os comerciantes que sentem a
redução nas vendas", avaliou.
O sindicalista explicou que os trabalhadores
foram surpreendidos na última terça-feira (7) com o fechamento da
distribuidora. "Foram pegos de surpresa quando deixavam os caminhões na
empresa. Com a reestruturação, a distribuidora fechou a filial em
Cabedelo e mandou para Suape. O impacto disso foram 86 pessoas demitidas.
Agora, com a distância para pegar o produto, em mais de 180 km, os custos
serão repassados ao consumidor em uma média de R$ 3", explicou.
Marcos ainda revelou ao ClickPB que há 19 anos
atrás algo idêntico também aconteceu no estado. "Em 2002 aconteceu uma
situação igual. Fechou aqui e passou a ser atendido pela base de Suape. Ao
passar um tempo, o governo abriu um incentivo e a distribuidora retornou ao
estado", recordou.
Diferentemente do passado, dessa vez, o
sindicalista diz não ter volta. "Nós sabemos que essa empresa está fazendo
um investimento altíssimo em Pernambuco, para que seja uma das maiores bases do
país, em mais de R$ 1 bilhão. Agora, dependemos de Pernambuco. Então esse custo
operacional é que irá se transformar em aumento para o consumidor", explicou.
Por: Emmanuela Leite/Redação ClickPB