Segunda-feira, 16 de agosto de 2021
Ex-marqueteiro do PT
tratava um câncer no cérebro. Ele foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em
São Paulo, em junho, após ser diagnosticado com Covid.
O publicitário Duda Mendonça no comitê eletrônico do Partido dos Trabalhadores, em São Paulo, quando trabalhava na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República em 2002 — Foto: Manoel de Brito/Estadão Conteúdo/Arquivo
O
publicitário Duda Mendonça morreu,
aos 77 anos, em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, na
região central da capital, desde junho. A informação foi confirmada ao G1 Bahia
nesta segunda-feira (16) pela família do publicitário.
Duda tratava um
câncer no cérebro, quando foi diagnosticado com Covid-19 e precisou ser
intubado.
Ele deixa a esposa,
Aline Mendonça, e cinco filhos: Alexandre, Eduarda, Léo, Lucas e Rafael
Mendonça.
Ex-marqueteiro
do Partido dos Trabalhadores (PT), Duda Mendonça se tornou conhecido
nacionalmente por ter sido o publicitário por trás da primeira campanha
eleitoral vitoriosa de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, em
2002.
Ele também participou de campanhas de
Paulo Maluf (PP), em São Paulo; Miguel Arraes, em Pernambuco; Ciro Gomes (PDT),
no Ceará, e do ex-primeiro-ministro de Portugal, Pedro Santana Lopes.
Quando
estourou o escândalo do mensalão, o publicitário foi acusado de receber por
serviços ao PT por meio de uma offshore nas Bahamas.
Em 2005, Mendonça confessou à CPI dos
Correios ter recebido R$ 10,5 milhões pela campanha à eleição de Lula via caixa
2.
A defesa do publicitário argumentou que
ele cometeu o crime de sonegação fiscal, não o de lavagem de dinheiro, e que
pagou o que devia ao fisco - R$ 4,8 milhões. Além disso, afirmou que o
marqueteiro não tinha conhecimento da origem ilícita dos valores recebidos do
partido e nunca tentou ocultá-los.
Mendonça chegou a virar réu no processo
do mensalão, mas foi absolvido. Para os ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF), não ficou demonstrado que ele tinha conhecimento da origem ilícita dos
recursos e, consequentemente, não houve prova de sua intenção de ocultar os
valores.
O corpo do publicitário será cremado,
segundo a família.
Por: G1 SP e G1 Bahia — São Paulo