Sexta-feira, 26 de novembro de 2021
A PF espera,
a partir da análise dos dados, ter respostas definitivas sobre porque ele
assumiu o caso uma vez que Bispo não tinha condições financeiras para manter
pagá-lo.
O objetivo é apurar se Oliveira Júnior recebeu de terceiros para assumir a defesa ou seu interesse era apenas midiático, por se tratar de um processo que daria visibilidade ao advogado. (Foto: Reprodução)
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — A Polícia Federal reabriu a
investigação que mira Adélio Bispo, autor da facada no então candidato Jair
Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018.
A retomada vem após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região autorizar a
investida contra Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos advogados de Bispo e
alvo de busca e apreensão em dezembro de 2018.
O delegado Rodrigo Morais Fernandes vai analisar os dados bancários e o
conteúdo do celular apreendido com o defensor para avançar na última lacuna do
caso, sobre se houve mandante para o ataque contra Bolsonaro.
A PF espera, a partir da análise dos dados, ter respostas definitivas
sobre porque ele assumiu o caso uma vez que Bispo não tinha condições
financeiras para manter pagá-lo.
O objetivo é apurar se Oliveira Júnior recebeu de terceiros para assumir
a defesa ou seu interesse era apenas midiático, por se tratar de um processo
que daria visibilidade ao advogado.
A investigação sobre a atuação do advogado estava parada desde março de
2019, quando o TRF-1 acatou liminarmente um pedido da OAB cujo argumento era a
suposta violação do sigilo funcional da defesa.
No último dia 3 de novembro, a 2ª seção do tribunal suspendeu a liminar
por 3 votos a 1.
Por: Camila Mattoso/Folhapress