Terça-feira, 07 de dezembro de 2021
Chefe do Executivo falou com
apoiadores nesta segunda-feira (6). 'A gente não sabe o que acontece, muitas
vezes', comentou
Jair Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Em conversa com apoiadores na manhã desta segunda-feira (6), o
presidente Jair Bolsonaro (PL) tomou cautela ao comentar sobre possível atos de
ilegalidade dentro do governo e afirmou que “não iria dizer que não há
corrupção em seu governo”, já que “muitas vezes, não sabe o que acontece”. Ele
defendeu ainda que a maioria “são pessoas honestas”. A
informação é do R7.
Durante a conversa, um dos apoiadores disse ao presidente que
havia deixado na guarita do Palácio do Planalto um pendrive com informações
sigilosas e que conversou sobre o assunto com os filhos dele [Flávio, Eduardo e
Carlos]. Na sequência, pediu que um dos seguranças pegasse o objeto para que
Bolsonaro tivesse acesso aos dados. “A gente trabalha em cima da segurança e do
sigilo. No pendrive está falando tudo isso”, comentou o apoiador.
Bolsonaro respondeu dizendo que não consegue dar conta de mais de
20 mil servidores comissionados, nem com ministérios com mais de 300 mil
funcionários, mas que a maioria “são pessoas honestas.”
“Não vou dizer que no meu governo não tem corrupção, porque a
gente não sabe o que acontece, muitas vezes. Mas, se tiver qualquer problema no
meu governo, a gente vai investigar isso”, destacou o presidente.
STF
Bolsonaro falou também sobre as indicações que o chefe do
Executivo eleito no ano que vem fará para o Supremo Tribunal Federal (STF) e
disse que, se for candidato e reeleito, “bota dois no início de 23 lá.”
“Não sou evangélico, sou católico. O evangélico está no Supremo
agora [em relação a André Mendonça]”, disse. “Se eu for candidato e reeleito, a
gente bota dois no início de 23 (2023) lá. É que a capetada tá se reunindo. Eu
sou capitão, mas a capetada tá se reunindo”, acrescentou.
Em 2023, o chefe do Executivo poderá indicar dois nomes para o
STF. Os novos indicados assumirão os lugares de Ricardo Lewandowski, que se
aposenta em maio, e de Rosa Weber, que se aposenta em outubro.
Bolsonaro foi eleito em 2018 e, desde então, já indicou dois
ministros para a mais alta corte do país: Kassio Nunes Marques, aprovado pelo
Senado Federal em agosto, e André Mendonça, aprovado pela Casa neste mês de
dezembro.
Eleição de 2022 e
chapa eleitoral
Bolsonaro comentou ainda sobre as eleições de 2022 e a formação da
chapa eleitoral. O chefe do Executivo criticou reportagem veiculada numa
revista de grande circulação que informava que já tinha definido o nome para
ocupar o cargo de vice-presidente no ano que vem.
“Estão sempre tentando atrapalhar. A [revista] Veja disse que já
tenho nome do centrão para 2022. Não tenho nome de ninguém definido ainda. É o
tempo todo. Aí tem gente que bota o nome lá, que passa a matéria, para se
cacifar. Eu já falei que quem aparecer como se cacifando, já está cortado”,
disse.
Por: Plínio Aguiar, do R7, em Brasília