Quarta-feira, 22 de dezembro de 2021
Tribunal afirma que nova máquina terá custo de conservação muito menor.
Novas urnas eletrônicas serão usadas a partir das eleições de 2022. (Foto: Reprodução/TSE)
BRASÍLIA — O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou as novas urnas
eletrônicas que começaram a ser produzidas no Brasil em novembro deste ano. De
acordo com o TSE, as máquinas são mais modernas e já serão utilizados nas
Eleições Gerais do próximo ano.
Serão produzidos 225 mil novos equipamentos pela empresa Positivo
Tecnologia, que ganhou o processo de licitação. As urnas são do modelo UE2020 e
trazem novo design além da promessa de trazerem inovações e melhorias.
— Houve uma evolução muito grande em termos de arquitetura. Essa urna
conta com terminal de mesários sensível ao toque, a bateria foi alterada para
melhor. Nossa expectativa é que, por ter um custo de conservação muito menor
que os modelos anteriores, a urna se pague diante do maior investimento
financeiro feito pelo Tribunal — declarou o coordenador de tecnologia eleitoral
do TSE, Rafael Azevedo.
O TSE fez um investimento de 985,50 dólares por unidade da nova urna
eletrônica. Durante o processo de licitação, a taxa de câmbio utilizada como referência
para o preço final foi a do dia 17 de janeiro de 2020, quando um dólar estava
cotado a R$ 4,1837. O orçamento foi feito em dólar porque, apesar de fabricada
no Brasil, a maioria dos componentes eletrônicos do equipamento é importado.
Rafael Azevedo afirmou que a bateria da máquina não precisa de recarga,
uma vez que acompanha toda a vida útil da urna, o que diminui custos de
manutenção. As urnas eletrônicas também passam a usar pen drives como mídias de
aplicação, o que facilita a logística, segundo o tribunal. O processador é mais
rápido e o teclado possui duplo fator de contato, que permite detectar erros em
caso de mau contato ou curto-circuito na tecla.
O perímetro criptográfico do novo modelo foi certificado pela
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP Brasil). Isso significa que o
programador e o código-fonte do equipamento atendem aos requisitos do Instituto
Nacional de Tecnologia da Informação (ITI).
Além disso, Azevedo declarou que as urnas serão aprimoradas
constantemente, principalmente em razão das alterações mercadológicas dos
componentes eletrônicos e de computadores.
O TSE alegou que a licitação dos novos equipamentos tem como objetivo
“dar continuidade à renovação do parque de urnas e complementar o quantitativo
necessário para suprir eventual crescimento do eleitorado”.
Por: O Globo