Quinta-feira, 17 de março (03) de 2022
A operação visa reduzir
os impactos financeiros – e o posterior repasse deles à tarifa dos consumidores
– dos custos referentes à compra de energia elétrica no período de escassez
hídrica de 2021
Uma operação de crédito para as distribuidoras de energia
elétrica, a ser financiada por um grupo de bancos públicos e privados, vai
resultar em uma nova taxa extra para o consumidor.
A manobra foi aprovada nesta terça-feira (15) pela Diretoria
Colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e havia sido
determinada por medida provisória e um decreto presidencial.
A operação visa reduzir os impactos financeiros – e o posterior
repasse deles à tarifa dos consumidores – dos custos referentes à compra de
energia elétrica no período de escassez hídrica de 2021.
O novo empréstimo ao setor elétrico será de até R$ 10,5 bilhões,
dividido em duas partes. O financiamento, com cobrança de juros, será pago
pelos consumidores de energia por meio de um novo encargo aplicado à conta de
luz a partir de 2023.
A primeira parte do empréstimo será de até R$ 5,3 bilhões, à
vista. Segundo a Aneel, o valor deverá cobrir o saldo negativo das bandeiras
tarifárias que não arrecadaram o suficiente (R$ 540 milhões); o custo do bônus
pago aos consumidores que economizaram energia no fim do ano passado (R$ 1,68
bilhão); a postergação de cobranças pelas distribuidoras (R$ 2,33 bilhões); e a
importação de energia, entre julho e agosto do ano passado (R$ 790 milhões).
Já a segunda parte – estimada, até o momento, em outros R$ 5,2
bilhões – será para cobrir parte do custo da contratação emergencial de
energia, realizada em leilão simplificado no ano passado e com período de
fornecimento a partir de 1º de maio deste ano.
Por: RENATO ALVES | O TEMPO BRASÍLIA