Sábado, 30 de abril-04 de 2022
PT aprovou
em votação uma intervenção na Paraíba para determinar a recomposição do
diretório e da executiva estadual do partido, o que leva o grupo de Ricardo
Coutinho ao poder na legenda.
Agora, o grupo de Ricardo Coutinho terá maioria nas forças políticas do PT na Paraíba, o que fortalece o ex-governador na legenda. (Foto: Divulgação)
A executiva nacional do PT aprovou em votação uma intervenção na Paraíba
para determinar a recomposição do diretório e da executiva estadual do partido
no estado, nesta sexta-feira (29), o que leva o grupo de Ricardo Coutinho ao
poder na legenda. A medida reflete, ainda, o conflito interno gerado desde a
aproximação de parte do PT no estado ao ex-governador Ricardo Coutinho, com
apoio à sua candidatura a prefeito de João Pessoa, em 2020.
Ao ClickPB o presidente do PT na Paraíba, Jackson Macêdo, negou que a
medida seja uma intervenção, mas sim uma recomposição dos grupos com a saída de
membros para que as tendências, como ele se referiu, escolham seus dirigentes.
"As forças políticas escolheram seus dirigentes. Essas pessoas saíram das
forças políticas e agora a direção nacional aprovou por 15 a 3 a
recomposição."
De toda forma, agora o grupo de Ricardo Coutinho terá maioria
nas forças políticas do PT na Paraíba, o que fortalece o ex-governador na
legenda.
A ação da executiva nacional, segundo consta em documento, é de
chamar para si as decisões sobre candidaturas majoritárias, chapas
proporcionais e apoios, determinar a recomposição do diretório estadual e da
executiva estadual pelas forças políticas que compõem o PT na Paraíba, com
prazo até 5 de maio para restabelecimento da composição política acordada por
ocasião do 7º Congresso do PT. Com a medida, a força política CNB terá 23 vagas
no diretório estadual e 8 vagas na executiva estadual. O Movimento PT terá 2
vagas no diretório e 1 na executiva. O Muda PT terá 16 vagas no diretório e 5
na executiva. Já a Resistência Socialista terá 5 vagas no diretório estadual e
2 vagas na executiva estadual.
A executiva nacional do PT aponta, na justificativa da medida, que o
grupo de dissidentes organiza movimentos externos para influenciar nas decisões
da direção estadual. Vale lembrar que essa referência é feita ao deputado
Anísio Maia e os demais punidos por terem se rebelado contra o apoio a Ricardo
Coutinho e seu grupo no partido. De fato, os dissidentes do grupo ricardista
dentro do PT têm organizado algumas ações, como o fortalecimento do apoio à
reeleição de João Azevêdo, o que fere o interesse do grupo ricardista que apoia
a pré-candidatura de Veneziano a governador.
Por: Lucas Isídio