Quinta-feira, 14 de abril -04 de 2022
Ex-jogador de Corinthians, Palmeiras,
Santos e Cruzeiro não resiste aos ferimentos causados por acidente de automóvel
na madrugada da última segunda-feira
Freddy Rincón em foto
de arquivo de 2007 — Foto: Fábio Rogério/Jornal Cruzeiro do Sul
O ex-jogador colombiano Freddy Rincón morreu no fim da noite desta
quarta-feira em Cali (já início da madrugada de quinta pelo horário de
Brasília) vítima de um grave acidente na cidade colombiana. A confirmação do
falecimento veio através de uma coletiva de imprensa na clínica onde o
ex-jogador estava internado.
- A Clínica Imbanaco,
com prévia autorização e em companhia dos familiares, se permite informar à
opinião pública que, apesar de todos os esforços realizados por nosso corpo
médico e assistencial, o paciente Freddy Eusebio Rincón Valencia faleceu no dia
de hoje 13 de abril de 2022. Lamentamos profundamente este sensível
acontecimento, enquanto estendemos nossas mais profundas condolências à
família, amigos, parentes e seguidores. Jamais haverá forma de expressar o que
isto significa realmente para nós. Convidamos a todo o país a recordá-lo com
alegria por tudo o que nos brindou em vida com suas conquistas desportivas.
O carro dirigido pelo ex-meia
do Corinthians e Palmeiras foi atingido por um ônibus na madrugada da última
segunda-feira. Com traumatismo craniano, Rincón chegou a ser operado, mas não resistiu.
Freddy Eusébio Gustavo Rincón
Valencia nasceu na cidade de Buenaventura,
Colômbia, em 14 de agosto de 1966.
Começou a jogar futebol no Atlético Buenaventura, clube pequeno de sua cidade
natal. De lá, rumou para o Deportes Tolima e depois ganhou o mundo. Quando ainda
atuava no país, marcou gol inesquecível contra a Alemanha na Copa de 1990 e fez
dois gols na histórica goleada da Colômbia sobre a Argentina por 5 a 0, no
Monumental de Núñez, nas Eliminatórias da Copa de 1994.
Sua primeira experiência fora da
Colômbia foi no Palmeiras, ao qual chegou no início de 1994, já como uma
estrela da seleção de seu país. Destacou-se no título paulista daquele ano ao
lado de nomes como Roberto Carlos, César Sampaio, Zinho, Edílson, Edmundo e
Evair. Seis meses depois da chegada, durante a parada para a Copa do Mundo,
transferiu-se para o Napoli.
Um ano depois, chegou ao todo-poderoso Real Madrid, mas não obteve o
mesmo sucesso na Espanha e voltou ao Palmeiras no meio de 1996. Ao todo, fez 76
jogos e 22 gols pelo Verdão.
Em 1997, o Corinthians colocou a mão no bolso e investiu na compra do
colombiano por cerca de US$ 1,3 milhão. Rincón, que era meia, virou volante e
se tornou um dos maiores da história do clube.
Ao lado de Vampeta, formou dupla inesquecível. O quarteto de
meio-campo, que contava ainda com Ricardinho e Marcelinho Carioca, se
eternizou. Eles foram bicampeões brasileiros (1998/99), venceram o Paulistão de
99 e o Mundial de Clubes de 2000. Ríncon, capitão da equipe, ergueu a taça do
mundo.
Pouco depois, recebeu uma ótima oferta salarial do Santos e trocou o
Corinthians pelo Peixe, num período sem títulos. Atuaria ainda pelo Cruzeiro,
em 2001, antes de voltar ao Timão em 2004, aos 37, para uma passagem apagada.
Fez 158 jogos no Corinthians e 11 gols.
Rincón levanta a taça de campeão do mundo da Fifa em 2000 — Foto: Otávio Magalhães/Estadão Conteúdo
Também trabalhou no Brasil como
treinador e chegou a comandar São Bento, São José, Iraty e Flamengo-SP entre
2006 e 2011. Nesse período, também foi técnico das categorias de base do Corinthians e
Atlético-MG.
Na seleção colombiana, marcou 17 gols em 84 partidas. Disputou três
Copas do Mundo: 90, 94 e 98. Com personalidade forte, Rincón ficou marcado pelo
perfil de liderança e foi capitão em diversos times durante a carreira.
Freddy Rincón em ação
pela Colômbia em 1998 — Foto: Getty Images
Ele
deixa dois filhos, Sebástian Rincón, de 28 anos, que também é jogador de
futebol profissional (atua pelo Barracas, da segundona argentina), e Freddy
Stiven.
Por: Redação do ge — Cali