Sábado, 25 de junho de 2022
Após ser preso na Operação Acesso Pago, o pastor Arilton
Moura, [fez ameaças caso a filha dele fosse arrastada para o caso
O então ministro da Educação Milton Ribeiro e o pastor Arilton Moura em 30/11/2021. Foto: Reprodução/Carta Capital / Luis Fortes/MEC
Após ser preso
na Operação Acesso Pago,
o pastor Arilton Moura,
investigado sob suspeita de operar um esquema de cobrança de propinas de
prefeitos em troca da liberação de verbas do
Ministério da Educação (MEC), ameaçou "destruir todo
mundo" se a filha dele for arrastada para o caso.
"Se der qualquer problema com a
minha menininha, eu vou destruir todo mundo", afirmou Moura em conversa
com a advogada após ter sido detido.
A filha, Victoria Camacy Amorim Correia Bartolomeu, teve o
sigilo bancário quebrado por ordem judicial. Ela aparece como compradora de um
carro registrado no nome da mulher do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro,
por R$ 50 mil. A Polícia Federal (PF) investiga se a negociação foi simulada
para ocultar o pagamento de propinas.
Diante da declaração do pastor, o delegado federal Bruno
Calandrini, responsável pela investigação, disse que Arilton Moura
"possivelmente possui informações sobre os crimes aqui investigados,
motivo pelo o qual faz essa 'ameaça".
Arilton Moura é o mesmo que, segundo um empresário ouvido pela
Controladoria-Geral da União (CGU), pediu R$ 100 mil para levar um evento do
Ministério da Educação para Piracicaba (SP). O valor seria um "auxílio a
obras missionárias" de uma igreja ligada ao religioso.
Por: Fausto Macedo, Rayssa Motta, Julia Affonso e
Pepita Ortega (Portal Terra)