LAUDO DIZ QUE TIRO NÃO FOI ACIDENTAL
Quarta, 14 de Maio de 2014
Laudo do
IPC contraria versão de Itamar Montenegro, que disse que o tiro teria sido
acidental; acusado foi denunciado por homicídio.
Reprodução / TV Cabo Branco. LAUDO CONFIRMA QUE O TIRO NÃO FOI ACIDENTAL, DIZ DELEGADA RESPONSÁVEL PELO CASO
Exames realizados pelo
Instituto de Polícia Científica (IPC) no corpo da bacharela em Direito Érika
Vanessa de Sousa Lira, 31, assassinada no dia 26 de abril, contrariam a versão
de José Itamar de Lima Montenegro Filho, 38, acusado do crime e namorado
da vítima, segundo o qual o disparo que causou a morte teria sido acidental. O
laudo foi entregue, ontem, à titular da Delegacia de Crimes contra a Pessoa
(Homicídios) da capital, Roberta Neiva, que encaminhou o documento para o
Ministério Público. O crime aconteceu no apartamento da vítima, no bairro do
Bessa, em João Pessoa.
De acordo com os
exames, a bacharela em Direito Érika Vanessa foi atingida por um tiro de
revólver calibre 38, à distância e horizontalmente, da esquerda para a direita.
Para a delegada Roberta Neiva, o laudo confirma o que o tiro não foi acidental,
como apurado nas investigações realizadas pela Polícia Civil.
“Em
depoimento à Delegacia de Homicídios, na presença de advogados, José Itamar, que também é
bacharel em Direito, informou que ele e Érika Vanessa estariam em uma
discussão, quando caíram na cama e ela teria tentado pegar a arma, causando um
disparo acidental. Os exames não confirmam isso. Na verdade, contrariam a versão
dele, pois o tiro foi disparado a mais de um metro de distância da vítima, de
acordo com o que apuramos nas investigações sobre o fato de ele ter sido
proposital”, frisou a delegada.
Ainda
no período da tarde, o Ministério Público denunciou José Itamar pelo crime de
homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa
da vítima. Ele continua detido na sede do 5º Batalhão de Polícia Militar, no Valentina.