SAÚDE VAI MONITORAR ENTRADA DE PESSOAS NA PARAÍBA PARA EVITAR EBOLA
Sábado, 09 de Agosto de 2014
Controle será realizado nos aeroportos e no porto.
Mais de 500 mortes foram registradas na África, diz Ministério da Saúde.
A Secretaria de Saúde da Paraíba (SES) criou uma comissão de vigilância que vai se responsabilizar por ações de combate ao vírus ebola e monitorar a entrada de pessoas no estado. Os hospitais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, e da Universidade Federal de Campina Grande, além do Clementino Fraga, serão as unidades de referência no estado em possíveis casos de contaminação. A definição da forma de atuação contra o ebola aconteceu em uma reunião na quinta-feira (7).
"Precisamos fazer o controle da entrada e saída pelos portos e aeroportos de pessoas que viajaram ou chegaram dos países com transmissão da doença. Nestes locais já existem equipes da Anvisa de plantão para realizar o repasse das informações, e se houver necessidade, as pessoas serão encaminhadas para os hospitais de referência ", explicou Renata Nobrega.
Segundo a gerente executiva da Vigilância em Saúde, Renata Nóbrega, um grupo técnico de prevenção e combate ao vírus foi formado com o objetivo de discutir ações para manter a vigilância e o controle de casos do vírus no estado. Nesta sexta-feira (8), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a epidemia de ebola no oeste da África uma emergência pública sanitária internacional.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, neste ano já foram confirmados 1.009 casos e 574 óbitos na África. Embora considere de baixo risco a disseminação para outros continentes, o Ministério da Saúde brasileiro orientou aos Estados a criarem ações de vigilância e prepararem serviços de saúde de referência.
Além dos hospitais universtários de João Pessoa e Campina Grande e do Hospital Clementino Fraga, o grupo técnico também terá a participação das gerências de Vigilância em Saúde do Estado e do Município de João Pessoa, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Porto de Cabedelo e do Aeroporto Castro Pinto e Agência de Vigilância Sanitária Estadual (Agevisa).
Renata Nóbrega também ressaltou que é baixo o risco de transmissão do vírus para pessoas que estão com viagem marcada para os países da África, entretanto, é preciso evitar contato com animais contaminados e pessoas doentes, pois a transmissão da doença ocorre através de contato direto com fezes, urina, saliva, sêmen de animais e pessoas infectados.
Qualquer pessoa poderá tirar suas dúvidas pelo telefone do Centro de Informações Estratégica de Vigilância em Saúde: 8828-2522.
Do G1 PB

