Mesa Diretora da ALPB: oposição
está unânime e governo discute candidaturas
Domingo, 09 de Novembro de 2014
Ala oposicionista tem se fechado em favor da
reeleição de Ricardo Marcelo. Governistas têm discutido qual é a melhor
candidatura para presidente do Poder Legislativo.
A
eleição que escolherá a nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba
(ALPB) para o biênio 2015/2016, marcada para o fim do mês de janeiro, tem
movimentado fortemente o cenário político nos últimos dias. Um dado bastante
curioso é que do lado da oposição, existe uma unanimidade entre os
parlamentares pela reeleição do atual presidente da ALPB, o deputado Ricardo
Marcelo (PEN). Já do outro lado, a base governista apresenta o interesse de
vários deputados estaduais eleitos em presidir a Casa de Epitácio Pessoa.
O grupo
ligado ao atual presidente destaca a continuidade do trabalho e a independência
do Legislativo perante os demais poderes, como trunfo para a reeleição. Nomes
como o dos deputados Trócolli Júnior (PMDB), Janduhy Carneiro (PTN), Jutay
Menezes (PRB), Daniella Ribeiro (PP), Dinaldinho (PSDB), Camila Toscano (PSDB),
Bruno Cunha Lima (PSDB), Tovar Correia Lima (PSDB), José Aldemir (PEN) e o do
campeão de votos na última eleição Manoel Ludgério (PSD), já demonstraram apoio
a Ricardo Marcelo.
Prestes
a cumprir o primeiro mandato na ALPB, o deputado eleito Bruno Cunha Lima tem
destacado o nome do atual presidente como um dos mais lembrados para comandar o
destino da Casa na próxima Legislatura. “Nós iniciamos o processo de discussão
e alguns deputados como Manoel Ludgério e Daniella Ribeiro, por exemplo, já
externaram o desejo de apoiar Ricardo Marcelo que continua sendo o mais forte e
não pode deixar de ser lembrado”, destaca.
Governo
com nomes de peso
O grupo
ligado ao governador reeleito Ricardo Coutinho (PSB) apresenta nomes de peso na
política para a disputa pela Presidência da Mesa Diretora. Entre os cogitados
ou que já manifestaram interesse publicamente, estão os deputados Adriano
Galdino (PSB), Ricardo Barbosa (PSB), Estela Bezerra (PSB), Nabor Wanderley
(PMDB), Gervásio Maia Filho (PMDB), Lindolfo Pires (Democratas) e Tião Gomes
(PSL).
Adriano
Galdino, inclusive, já colocou o nome à disposição do PSB para disputar a
eleição. Ele tem afirmado que a disputa de colegiado para composição da Mesa
Diretora é complicada, pois, apresenta várias vertentes. “É uma eleição que não
é fácil, mas me sentiria muito honrado se meus colegas deputados me escolhessem
para presidir a Casa (...) Como deputado de grupo que sou, viria para somar e
não para dividir”, comenta.
Mesmo
prestes a assumir o primeiro mandato de deputado estadual, o peemedebista Nabor
Wanderley, ex-prefeito de Patos, já aparece como um dos mais cotados na disputa
pelo lado governista. Ele, inclusive, também colocou seu nome à disposição. “Se
eu disser que não quero, estarei mentindo. Acredito que todos os 36
parlamentares têm capacidade e anseiam assumir essa função”, diz.
A
deputada eleita Estela Bezerra (PSB) não fala abertamente em candidatura, mas
tem defendido que seja feita uma renovação no comando da Assembleia. A opinião
é compartilhada pelo deputado estadual eleito Ricardo Barbosa, também do PSB,
que afirma que o candidato sairá daquele que tiver maior poder de convencimento
entre os parlamentares.
“A
eleição da Mesa é permeada por bastidores, então serão 90 dias só dessa forma.
Os 36 deputados almejam, alguns têm chance, uns com mais, outros com menos. É
um cargo que requer experiência, credibilidade e capacidade de comando”, afirma
Ricardo Barbosa.
O
deputado Lindolfo Pires, que ensaiou disputar a presidência da Casa Epitácio
Pessoa na última eleição, também não tem escondido que deseja entrar na
concorrência pela Presidência do Poder Legislativo. Ele tem defendido a
composição de uma Mesa Diretora eclética, com a presença de representantes de
todos os partidos eleitos.
“Meu
voto será favorável a uma chapa eclética, com a presença de representantes de
todos os partidos que ocupam a casa. Agora, é importante que a Mesa seja
encabeçada por um gestor preocupado com o bom relacionamento entre poderes”,
diz.
Ângelo
Medeiros
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