Prefeitos pedem volta de trem de passageiros para a região do litoral paraibano
Domingo, 08 de Fevereiro de 2015
O Prefeito de Mari, Marcos Martins (camisa listada), durante reunião com o Superintendente da CBTU, reivindicando a volta do trem de passageiros em Mari e região
Várias cidades do agreste e litoral estão encaminhando projeto
para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos para implementar o serviço de
transporte ferroviário de passageiros na região. O prefeito de Mari, Marcos
Martins, e seu pai, vereador José Martins, reuniram-se com o Superintendente da
CBTU, reivindicando a volta deste serviço para o ramal que vai até Guarabira,
aproveitando a estrutura que já existe, necessitando de investimento para sua
recuperação. Outras cidades também desejam participar de um grande projeto
regional para implementar esses trens.
Com a entrada em serviço dos Veículos Leves Sobre Trilho (VLT)
em João Pessoa, muitos vagões e locomotivas ficarão ociosos, o que favoreceria
um possível projeto da volta dos trens de passageiro nos ramais João
Pessoa/Itabaiana e João Pessoa/Guarabira. “A gente tem os trilhos do trem na
porta e não usufrui”, disse Severina Araújo, moradora de Mari, sonhando com a
volta dos trens de passageiro, mais econômicos.
Os ramais abandonados foram locados a uma concessionária que não
utiliza a infraestrutura, a qual se encontra praticamente destruída. “Seria
necessário um aporte de recursos muito grande para que o material rodante
pudesse utilizar esses ramais abandonados, o que é quase impossível devido ao
minguado retorno financeiro que teríamos”, afirma um ferroviário aposentado que
não quis se identificar.
Por outro lado, especialistas e engenheiros debatem o que fazer
com os ramais que serão devolvidos ao patrimônio público pelas concessionárias,
após o prazo de concessão. Uma das possibilidades discutidas é que as ferrovias
devolvidas ao poder público sejam aproveitadas com o transporte de passageiros.
“Nós precisamos revitalizar o transporte de passageiros no país, porque as
estradas estão congestionadas, estão morrendo por ano cerca de 50 mil pessoas,
os prejuízos anuais com os acidentes somam R$ 40 bilhões pelos cálculos do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [Ipea]”, disse o economista Antônio
Pastori, da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária (AFPF).
Fonte : Tribuna do Vale