Quarta-feira, 06 de Abril de 2015
A busca abusiva por uma alimentação saudável e a ansiedade por
resultados rápidos em termo de emagrecimento estão se tornando cada vez mais
comuns e já preocupam os nutrólogos e os nutricionistas. Os profissionais estão
usando o nome ortorexia para designar os viciados nessa filosofia que prega uma
alimentação baseada apenas em itens naturais, integrais, orgânicos e sem
corantes, gordura trans, conservantes e, em alguns casos, isentos também de
glúten e lactose. Essa obsessão pode levar a outros transtornos alimentares,
como a bulimia e a anorexia, e a problemas psicológicos, como depressão,
irritabilidade, insônia e afastamento da sociedade.
“É a nova doença da década, mas ainda não foi reconhecida pela Organização
Mundial da Saúde. Ela tem tudo para ser enquadrada como uma doença, mas por ser
algo muito recente e existir um limite muito tênue entre o que é normal e o que
é patológico ainda não foi reconhecida”, explica a médica nutróloga, Liliane
Oppermann.
De acordo com a nutróloga, o fator decisivo para se determinar que uma pessoa
está passando pelo transtorno alimentar ortorexia é quando há algum sofrimento
em nome da alimentação super correta. “A pessoa ortoréxica passa a viver em
função de prevenir todos os problemas e alergia alimentares, mas, por exemplo,
apenas quem tem a doença celíaca deve evitar o glúten.”
A restrição do cardápio dos ortoréxicos diminui significativamente a quantidade
de vitaminas necessárias para uma dieta balanceada. “O extremismo leva à
deficiência de ferro, zinco, vitamina B12 e cálcio no corpo. Em consequência
desse radicalismo podem surgir doenças como a anemia, aumentar o risco de
doenças imunológicas, hipertensão e outras”, afirma Liliane.
O tratamento da ortorexia deve ser feito com um psicólogo e com um nutrólogo ou
endocrinologista.
Sintomas
Condenar as pessoas que não tem uma alimentação saudável. O ortoréxico torna-se incoveniente, pois passa a fazer comentários sobre o que as outras pessoas estão comendo;
Dar orientações sobre alimentação mesmo sem ter formação na área de nutrição;
Evitar ocasiões sociais como festas, encontros com amigos em restaurantes;
Ler e analisar rótulos de alimentos compulsivamente;
Pensar excessivamente sobre o conceito de alimentação saudável;
Acreditar que vai adoecer ou se sentir indisposto se não comer itens extremamente saudáveis;
Não se alimentar em locais em que não saiba detalhadamente como a refeição foi preparada.
Deixar de comer quando não há alimentos extremamente saudáveis.
Não sair da “dieta” até mesmo em ocasiões especiais, como aniversários.
Cuidados para não se tornar ortoréxico
Não falar o tempo inteiro sobre alimentação saudável;
Não sofrer caso não tenha acesso ao alimento correto;
Frequentar ocasiões sociais sem deixar de se alimentar, mesmo que continue fazendo a opção pelo mais saudável;
O acesso indiscriminado a informações sobre alimentação saudável e a disseminação de perfis de Instagram sobre bem estar favorecem o surgimento desse transtorno.
Condenar as pessoas que não tem uma alimentação saudável. O ortoréxico torna-se incoveniente, pois passa a fazer comentários sobre o que as outras pessoas estão comendo;
Dar orientações sobre alimentação mesmo sem ter formação na área de nutrição;
Evitar ocasiões sociais como festas, encontros com amigos em restaurantes;
Ler e analisar rótulos de alimentos compulsivamente;
Pensar excessivamente sobre o conceito de alimentação saudável;
Acreditar que vai adoecer ou se sentir indisposto se não comer itens extremamente saudáveis;
Não se alimentar em locais em que não saiba detalhadamente como a refeição foi preparada.
Deixar de comer quando não há alimentos extremamente saudáveis.
Não sair da “dieta” até mesmo em ocasiões especiais, como aniversários.
Cuidados para não se tornar ortoréxico
Não falar o tempo inteiro sobre alimentação saudável;
Não sofrer caso não tenha acesso ao alimento correto;
Frequentar ocasiões sociais sem deixar de se alimentar, mesmo que continue fazendo a opção pelo mais saudável;
O acesso indiscriminado a informações sobre alimentação saudável e a disseminação de perfis de Instagram sobre bem estar favorecem o surgimento desse transtorno.
Fonte: Agência Estado