Sábado, 15 de Agosto de 2015
Criança foi diagnosticada com doença que causa
alteração no crânio.
Diretor do Hospital de Trauma de CG diz que ainda aguarda os materiais.
Diretor do Hospital de Trauma de CG diz que ainda aguarda os materiais.
A falta de materiais cirúrgicos está impedindo a
cirurgia de um bebê em Campina Grande.
A criança foi diagnosticada com cranioestenose, uma doença que provoca uma
alteração na forma do crânio. A doença provoca o fechamento prematuro da
fontanela (mais conhecido como moleira) dando origem a problemas para o
desenvolvimento do bebê. O diagnóstico foi feito por um neurocirurgião, que
indicou a necessidade da cirurgia, mas a família ainda espera pelo
procedimento.
Desde que o médico indicou a cirurgia para o bebê, no
mês de julho, ele foi internado duas vezes no Hospital de Trauma de Campina
Grande, mas a mãe e a criança tiveram que voltar para casa sem realizar o
procedimento. A mãe foi informada que falta material cirúrgico e até esta
quinta-feira (13) espera uma posição do hospital.
“Está cada dia mais diferente, porque é uma coisa que,
conforme ele vai crescendo, o cérebro vai crescendo e não vai ter para onde
desenvolver e vai se desenvolvendo aleatoriamente. A cabecinha pode ficar toda
deformada”, disse Joelma Barros, mãe da criança.
O diretor do hospital explicou que, como se trata de uma
doença rara, é preciso compra de materiais específicos para a cirurgia e que
esse processo já está em andamento.
“O fornecedor ainda não providenciou o material para a
realização da cirurgia, já que se trata de uma cirurgia que é realizada
raramente aqui no hospital” disse o diretor do hospital, Geraldo Medeiros. Ele
alega que a cirurgia deveria ser realizada em outros hospitais de Campina
Grande que atendem pelo SUS.
“Esses pacientes ficam direcionados para o Hospital de
Trauma, que não deveria ser o hospital de realização de cirurgias eletivas e
que está sobrecarregado. Nós tivemos um mês aqui que realizamos 90 cirurgias e
não deveria ser realizado no Trauma e sim nos demais hospitais referenciados
pela Secretaria Municipal de Saúde”, completou.
A assessoria de imprensa da da Secretaria Municipal de
Saúde de Campina Grande defendeu que esse tipo de procedimento é
responsabilidade do estado, por ter havido uma pactuação dos recursos entre
município e estado. Já a gerente regional de saúde, Tatiana Medeiros,
comprometeu-se a agilizar a realização da cirurgia, mas alegou que cabe ao
município a realização das cirurgias eletivas, reforçando a opinião do diretor
do Hospital de Trauma.
Do G1 PB