Terça-feira, 25 de Agosto de 2015
A morte de
Justin Wilson, atingido no capacete por um pedaço de carenagem de um carro
adversário durante a etapa de Pocono do último domingo, é mais um capítulo da
longa lista de fatalidades da Fórmula Indy. Somados com os números das
categorias percursoras (AAA e USAC) e o período em que a categoria se dividiu
em duas (CART e IRL), entre 1996 e 2007, foram 96 acidentes fatais com pilotos
em corridas, treinos e testes.
Nos
últimos 23 anos, a maior categoria de monopostos dos Estados Unidos presenciou
nove tragédias, incluindo as perdas do campeão Dan Wheldon e do jovem promissor
Greg Moore. Antes disso, a Indy vivenciou seu maior período sem mortes, dez
anos, entre as perdas do americano Jim Hickman em 1982 e do filipino Jovy
Marcelo em 1992. O tradicional oval de Indianapolis, circuito da Indy 500, uma
das mais importantes provas do automobilismo mundial, foi o palco do maior
número de fatalidades: ao todo 36 pilotos perderam a vida no local. Relembre as
últimas mortes na categoria:
2011 – DAN WHELDON (LAS VEGAS)
A última morte na Fórmula Indy havia ocorrido na etapa final do campeonato de
2011, no oval de Las Vegas. Campeão da temporada de 2005 e dono de três
vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis, Dan Wheldon se envolveu em um acidente
de 15 carros. Na batida, o carro dele decolou, bateu na grade de proteção e
explodiu em chamas. Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos
e morreu aos 33 anos. Por ironia do destino, Wheldon era consultor do modelo de
carro que a categoria estava desenvolvendo para a temporada seguinte que
continha uma peça atrás das rodas para evitar decolagens em acidentes. Em
homenagem, o modelo foi batizado com as iniciais do piloto, DW12.
2006 – PAUL DANA (HOMESTEAD)
Entre 1996 e 2007, a Indy se dividiu em duas categorias, a CART – ou Champ Car
– e a IRL, que se fundiram novamente em 2008. Nesse período, foram seis
acidentes fatais, o último deles tendo como vítima o americano Paul Dana.
Durante o aquecimento para a etapa de Homestead da IRL, o piloto de 30 anos
acertou a mais de 300 km/h o carro de Ed Carpenter, que havia rodado na pista.
2003 – TONY RENNA (INDIANÁPOLIS)
Três anos antes, também pela IRL, o americano Tony Renna morreu aos 26 anos
durante um teste em Indianápolis. O carro dele decolou e bateu na grade de
proteção.
1999 – GREG MOORE (FONTANA)
Em 1999, o promissor canadense Greg Moore, perdeu a vida após um impressionante
acidente na corrida no superoval de Fontana. Depois de ter machucado a mão no
fim de semana, e insistido com os médicos para correr, Moore perdeu o controle
do carro logo nas primeiras voltas da prova, foi em direção à grama e capotou
várias vezes até atingir violentamente o muro interno do circuito.
1999 – GONZALO RODRIGUEZ (LAGUNA SECA)
No mesmo ano, também pela Champ Car, o uruguaio Gonzalo Rodriguez, da Penske,
morreu em Laguna Seca. Ele bateu nos pneus da famosa curva do saca-rolha, foi
lançado ao ar, atravessou a mureta e caiu em um barranco, de cabeça para baixo.
Rodriguez quebrou o pescoço e morreu.
1996 – JEFF KROSNOFF (TORONTO-CAN)
Em 1996, o americano Jeff Krosnoff morreu após um acidente no circuito de rua
de Toronto, no Canadá. O piloto atingiu o carro de Gary Arvin, decolou e
acertou um poste que estava colocado à frente da grade de proteção.
1996 – SCOTT BRAYTON (INDIANÁPOLIS)
Em 1996, durante os treinos livres para as 500 Milhas de Indianápolis, o piloto
Scott Brayton, de 37 anos, teve um pneu estourado e acertou o muro com externo.
O ângulo e a força do impacto contribuíram para a morte do piloto.
1992 – JOVY MARCELO (INDIANÁPOLIS)
Em 1992, o filipino Jovy Marcelo também morreu durante sessão de treinos livres
para as 500 Milhas de Indianápolis. O novato de 26 anos perdeu o controle do
carro a 280km/h e atingiu o muro com violência.
Globo
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