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Dilma quer atrair PSB e tem Ricardo Coutinho e Fernando Bezerra Filho como articuladores no Nordeste

Sexta-feira, 09 de Outubro de 2015

 Atrair o PSB de volta para a base do governo será o próximo passo a ser seguido pela articulação política do Planalto, preocupada, principalmente, em formar maioria na Câmara e no Senado, contra os pedidos de impeachment de presidente Dilma Rousseff. No último mês, Dilma enviou emissários ao partido, antes da reforma, e até sinalizou com um ministério em articulação com os três governadores do partido, Rodrigo Rollemberg (DF), Reinado Coutinho (PB) e Paulo Câmara (PE), recebidos no Planalto pela presidente.

A investida com o cargo, no entanto, não foi eficiente para trazer os socialistas. O governo, agora, aposta agora nas conversas sobre a eminência de um “golpe da direita” e quer contar com os votos do partido contra um eventual processo de impeachment.

A bancada do partido na Câmara cogita a reaproximação. O líder, deputado Fernando Bezerra Coelho Filho (PE), chamou os deputados para um café da manhã, na última quarta-feira (7), fora da Câmara, para discutir os rumos da bancada. A reaproximação com o governo é um dos principais assuntos a ser tratado. “Aqui na Paraíba, presidenta, o povo sabe o que esperar do seu governo, que vai até o final de 2018, junto com o nosso governo”, disse. Segundo ele, atualmente existe um cerco “que parece não acabar”, mas que o povo tem a consciência de que o tema “eleição” será discutido em 2018. “Enquanto isso, deixa quem foi eleito governar e governar cada vez melhor”, afirmou Ricardo Coutinho em recente encontro com a presidente.

Integrantes da bancada defendem um “reposicionamento” do partido, agora, contra o impeachment para uma eventual “conversa futura” com o governo. O líder do partido na Câmara tem sido uma interlocução importante. Ele é filho do ex-ministro Fernando Bezerra, que ocupou a pasta de Integração Nacional no primeiro mandato de Dilma, indicado pelo então presidente do partido Eduardo Campos, que foi candidato a presidência em 2014 e morreu em um acidente de avião.

O PSB rompeu com o governo em 2013 para lançar a campanha de Campos. Na época, o partido contou com dissidências importantes como a dos irmãos Cid e Ciro Gomes, que levaram com eles, para o PROS, todo partido organizado no Ceará. Já a direção do partido é contrária à reaproximação, no entanto, tem pouca influência sobre a bancada. O presidente da legenda, Carlos Siqueira, mantém o discurso de que o partido busca uma linha de “centro esquerda” e de “independência”. Já a bancada, nas contas do Planalto, tem pelo menos 18, de seus 31 deputados a favor de Dilma.

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O enfraquecimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), perante os deputados, tem servido também de oportunidade de reaproximação até com parlamentares do PSB, mais alinhados com a oposição e que começam a defender que a crise de imagem da presidente, embora grave, “atravessou a rua”. Parlamentares do PSB passaram a avaliar que a sociedade tem se voltado muito mais contra Cunha do que contra Dilma devido as recentes notícias de suspeitas de corrupção envolvendo o presidente da Câmara. Este pensamento tem servido de combustível para o reposicionamento do partido.



Redação do PBAgora

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Formado em radialismo,Cursou A FUNETECE,Ensino médio Completo,E-mail: radialistasergiothiago@gmail.com.
 
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