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Carro utilizado em ataques de Paris é encontrado pela polícia em subúrbio.

Domingo, 15 e Novembro de 2015
Seis familiares do primeiro terrorista identificado são interrogados
Uma caixa com a mensagem “Não se esqueçam nunca” é lida junto com flores depositadas para vítimas de ataques em Paris - KENZO TRIBOUILLARD / AFP
PARIS
Um veículo utilizado durante os ataques de sexta-feira à noite contra dois restaurantes de Paris foi encontrado no subúrbio da capital francesa, informou a polícia francesa neste domingo. O carro preto estava abandonado em Montreuil com fuzis kalachnikov dentro.

Enquanto as investigações sobre os atentados que mataram 129 pessoas avançam, seis parentes do primeiro terrorista identificado são interrogados. Os agentes agora buscam por outros envolvidos nos atentados.

Omar Ismael Mostefai era um cidadão francês de 29 anos de ascendência argelina e era conhecido pelo serviço de Inteligência francesa desde 2010 pela Justiça como pequeno delinquente e por ligações com radicais islâmicos. Segundo o jornal “Le Monde”, Mostefai provavelmente passou alguns meses na Síria entre 2013 e 2014, depois que ele viajou à Turquia, porta de entrada de muitos extremistas aos redutos do Estado Islâmico.

Na noite de sexta-feira, o francês chegou em um carro preto na casa de show Bataclan junto com outros terroristas armados com fuzis Kalashnikov e vestidos de coletes de explosivos. Ao entrar no teatro, eles abriram fogo contra a plateia que assistia a um show da banda Eagles of Death Metal. Segundo sobreviventes, os homens gritaram "Allahu akbar" (Deus é grande) e “Isso é pela Síria”. Pelo menos 89 pessoas morreram no local.

De acordo com o promotor de Paris, François Molins, três grupos comandaram os ataques. Os terroristas se distribuíram para conduzir ataques com kalashnikovs e cintos com explosivos — alguns feitos de Taap, um composto que facilmente passa despercebido por cães farejadores. Pelo menos um deles tinha ingresso para a partida, mas, ao ser revistado, com cerca de 15 minutos de jogo, foi descoberto um colete de explosivos. O atacante, então, detonou o colete, carregado com explosivos e parafusos. Perto dali, cerca de três minutos depois, uma segunda pessoa também se explodiu do lado de fora do estádio. O terceiro suicida detonou explosivos perto de um McDonald’s.

Um passaporte sírio também foi achado junto ao corpo de um dos homens-bomba que detonaram uma das explosões na porta do Stade de France, durante o jogo entre França e Alemanha — o vice-ministro grego de Polícia confirmou que o sírio havia chegado à União Europeia pela Grécia em outubro.

A prioridade das autoridades agora é identificar os corpos, incluindo os dos terroristas, em sua maioria pulverizados. Uma vez completado o processo, será determinado se eles tiveram a ajuda de cúmplices.

— Podemos dizer, neste ponto da investigação, que provavelmente foram três grupos de terroristas coordenados por trás desse feito bárbaro — afirmou Molins.

A França amanheceu mais um dia de luto, após os ataques que deixaram mais de 300 feridos, entre eles três brasileiros. Museus e teatros permaneceram fechados em Paris pelo um segundo dia no domingo, com centenas de soldados e policiais patrulhando as ruas e estações de metrô depois que o presidente francês, François Hollande, declarou estado de emergência. Uma cerimônia especial para a família das vítimas e sobreviventes ocorrerá neste domingo na Catedral de Notre Dame, em Paris.



POR O GLOBO / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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Formado em radialismo,Cursou A FUNETECE,Ensino médio Completo,E-mail: radialistasergiothiago@gmail.com.
 
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