Quarta-feira, 18 de Novembro de 2015
(Reprodução/Nature)
O corpo da criança inca foi congelado em 1985, após ter sido
encontrado semi-enterrado na base da montanha de Pirâmide, na província de
Mendoza, na Argentina. De acordo com os estudiosos, a múmia era de um garoto
andino de aproximadamente oito anos que morreu há mais de 500 anos em um ritual
religioso chamado ‘capacocha’.
Uma equipe
de investigadores espanhóis e argentinos analisou o DNA procedente da biópsia
de um dos pulmões da criança. O que eles encontraram foi surpreendente, de
acordo com os detalhes apresentados na revista 'Scientific Reports'.
O que descobriram na verdade foi um genoma
completamente desconhecido e nunca antes identificado, tal fato significa que
ele deve fazer parte de uma linhagem de humanos nunca antes vista. A novidade
foi 'apelidada' de C1bi e faz parte de uma organização do material genético
passada de mãe para filhos, com valiosas informações do ponto de vista
populacional.
(Reprodução/Wiki)
A equipe que
fez a descoberta é liderada pelo professor e geneticista Antonio Salas
Ellacuriaga e pelo pediatra Federico Martinón Torres, ambos da Universidade de
Santiago de Compostela. Eles creem que está 'nova linhagem' apareceu a cerca de
14 mil anos, provavelmente durante as primeiras etapas de expansão do ser
humano pelo continente americano.
"Cruzaram
o continente e se extinguiram por alguma razão", explica o professor
Salas.
Trata-se da primeira vez em que uma múmia andina
foi estudada geneticamente. A aplicação das novas técnicas de DNA a restos
humanos antigos abrem um janela para o conhecimento das doenças e a forma de
vida dos ancestrais. O próximo passo aos estudiosos agora é sequenciar o genoma
completo do menino, para que múltiplas novas informações possam ser analisadas.
Super Incrível