Caldas Brandão tem um ‘caso suspeito’ de microcefalia: saúde divulga novo boletim epidemiológico sobre a microcefalia na Paraíba.
Quinta-feira, 31 de Dezembro de 2015.
Imagem ilustrativa
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB)
notificou, até o dia 26 de dezembro, 476 casos suspeitos de microcefalia
relacionados ao Zika vírus, distribuídos em 96 municípios paraibanos. Destes,
21 foram confirmados, 30 descartados e 425 continuam em investigação pelas
Secretariais Municipais de Saúde, com o apoio da SES-PB e do Ministério da
Saúde.
De acordo com o Boletim Epidemiológico Nº 06, o município com
maior número de notificações é João Pessoa, com 212 casos notificados. Em
seguida vêm os municípios do Conde e Sapé, com 16 notificados, Bayeux com 15,
Alhandra com 13, Caaporã com 11 e Cabedelo e Pedras de Fogo com 10 notificações.
Também foram notificados nove casos suspeitos em Pitimbu,
oito em Campina Grande, sete em Monteiro e Patos, seis em Santa Rita,
Mamanguape e Juru, e cinco em Rio Tinto, seguidos pelos municípios de Gurinhém
(4),Itabaiana (4), Juazeirinho (4), Mari (4), São Bento (4), Cacimba de Dentro
(3), Cacimbas (3), Guarabira (3), Teixeira (2), Sousa (2), São Mamede (2),
Salgado de São Félix (2), Queimadas (2), Piancó (2), Aguiar (2), Alcantil (2),
Araruna (2), Capim (2), Catolé do Rocha (2), Itapororoca (2), Manaíra (2),
Mataraca (2) e Nova Olinda (2).
Os municípios de Água Branca, Alagoa Nova, Alagoinha, Algodão
de Jandaíra, Aparecida, Arara, Areia, Baía da Traição, Bananeiras, Belém, Belém
do Brejo do Cruz, Bernadino Batista, Boqueirão, Olivedos, Parari, Passagem,
Picuí, Pilar, Pilões, Poço Dantas, Pombal, Riachão do Poço, Santa Luzia, Santa
Terezinha, São Domingos do Cariri, São João do Tigre, São José de Espinharas,
São José dos Cordeiros, Seridó, Soledade, campo de Santana, Taperoá, Tavares,
Zabelê, Igaracy, Brejo do Cruz, Cachoeira dos Índios, Cacimba de Areia, Caldas
Brandão, Caturité, Condado, Cruz do Espírito Santo, Cuité de Mamanguape,
Desterro, Diamante, Esperança, Imaculada, Juripiranga, Lagoa de Dentro,
Livramento, Lucena, Mãe D’Água, Malta, Maturéia, Mogeiro e Mulungu notificaram
um caso suspeito em cada.
Durante esse período, cinco casos suspeitos evoluíram para
óbito, sendo quatro infantil e um fetal, cujas mães são residentes dos
municípios de Piancó (1), Conde (1), e João Pessoa (3). Segundo a gerente
executiva de Vigilância em Saúde da SES-PB, Renata Nóbrega, após a conclusão da
investigação, um óbito infantil foi descartado. “Os achados não eram
compatíveis com malformação congênita de origem infecciosa”, explicou. Os
demais óbitos estão em investigação.
Renata esclareceu que a microcefalia, independente da causa,
já é uma condição confirmada. No entanto, se tratando da vigilância de
microcefalias relacionadas ao vírus Zika, todos os casos que, após revisão da
aferição das medidas, dos exames ou do critério de enquadramento não estejam
contemplados nas definições estabelecidas para relação com infecção pelo Zika
vírus, são descartados, de acordo com o Protocolo de Vigilância e Resposta à
Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika, da SVS/MS.
“O Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) é o
sistema de informação oficial para registro de todas as anomalias congênitas
identificadas no pós-parto. Por conseguinte, todos os casos diagnosticados de
microcefalia, relacionados ou não à infecção pelo vírus Zika, deverão ser
notificados oficialmente neste sistema, que tem o objetivo de fornecer informações
sobre as características dos nascidos vivos”, disse a gerente de Vigilância em
Saúde.
Investigação Laboratorial de Casos Suspeitos
De acordo com
o boletim, para a triagem infecciosa (sorologias), deve-se coletar amostras de
sangue do cordão umbilical (3ml); placenta (3 fragmentos de dimensões de 1cm³
cada); líquido cefalorraquidiano do recém-nascido (1ml) e sangue da mãe (10ml).
As amostras de casos suspeitos de microcefalia relacionada com a infecção pelo
vírus Zika devem ser encaminhadas conforme o Protocolo de Vigilância e Resposta
à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção.
Exames de Imagem
Deve-se escolher a ultrassonografia
transfontanela (US-TF) como primeira opção de exame de imagem.
A tomografia de crânio (TCC) sem contraste deve ser indicada
para recém-nascidos cujo tamanho da fontanela impossibilite a US-TF e para
aqueles em que, após os exames laboratoriais e a US-TF, ainda persista dúvida
diagnóstica de microcefalia.
Triagem Neonatal
A Triagem Neonatal (testes do pezinho,
orelhinha e olhinho) deve ser realizada, possibilitando a detecção precoce de
algumas doenças ou condições nos primeiros dias de vida.Bebês com alteração
detectada pelo Teste do Pezinho devem ser encaminhados para um Serviço de
Referência em Triagem Neonatal/Acompanhamento e Tratamento de Doenças
Congênitas.
A microcefalia está relacionada a alterações do
desenvolvimentoneuropsicomotor e do comportamento que podem ser acompanhadas
por problemas auditivos e visuais.
Quando se identificar alterações na Triagem Neonatal, deve-se
encaminhar o recém-nascidopara um serviço de referência para a confirmação
diagnóstica de deficiência auditiva ou visual. O recém-nascido diagnosticado
com deficiência auditiva ou visual deve então ser encaminhado para um para
serviço de reabilitação auditiva ou visual.
O protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de
microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika, da SVS/MS está disponível
na íntegra no seguinte endereço eletrônico:
Para outros esclarecimentos, deve-se entrar em contato com o
Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), por meio do
seguinte endereço eletrônico: cievs.pb@gmail.com ou pelo telefone:
0800-281-0023.