Sexta-feira, 01 de janeiro de 2016.
Brasil enfrenta tríplice epidemia do zika vírus, dengue e febre chikungunya. Em comum entre as doenças, o vetor de transmissão, o mosquito Aedes aegypti (Foto: James Gathany/CDC)
A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) autorizou o registro da vacina contra a dengue produzida
pela Sanofi, divisão da Sanofi Pasteur. A informação foi divulgada nesta
segunda-feira (28) no Diário Oficial da União.
Na
prática, fica comprovada a segurança e a eficácia da vacina. Com isso, a
empresa poderá comercializar a ‘Dengvaxia’, que já tinha sido aprovada no
México e nas Filipinas no início deste mês, de acordo com a Reuters. Essa é a
primeira vacina contra a doença a ser aprovada no Brasil.
A vacina
é considerada eficaz na prevenção dos quatro tipos de dengue e poderá ser
aplicada em pessoas de 9 a 45 anos, segundo comunicado divulgado pelo
laboratório.
No
momento não há dados suficientes para a comprovação da segurança de uso da vacina
em indivíduos menores de 9 anos de idade, principalmente na faixa
etária de 2 a 5 anos, bem como para os brasileiros maiores que 45 anos. O
esquema de vacinação aprovado foi o intervalo de seis meses entre as três
doses, segundo a Anvisa.
De
acordo com a Sanofi, o laboratório está pronto para colocar a vacina no mercado
nos próximos meses, mas esse prazo vai depender de negociações como as
autoridades brasileiras. Um dos próximos passos é a definição do preço da
vacina.
A
decisão de fornecê-la no Sistema Único de Saúde é do Ministério da Saúde, que
levará em conta fatores como a relação entre custo, efetividade e impacto
orçamentário.
A Anvisa
alerta, no entanto, que a vacina não protege contra os vírus Chikungunya e
Zika, transmitidos pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti.
A
contaminação pelo zika vírus está relacionada a uma série de casos de
microcefalia. Segundo o Ministério da Saúde, 134 casos de microcefalia foram
registrados desde o início do ano no país.
De
acordo com a empresa, a ‘Dengvaxia’ reduziu as contaminações por dengue em dois
terços dos participantes analisados e evitou oito de dez hospitalizações devido
à doença e até 93 % dos casos de dengue severa.
Os
documentos que foram apresentados pela empresa farmacêutica em março e, desde
então, eram analisados pela Anvisa.
Eficácia contra dengue
Estudos clínicos demonstraram que a vacina foi capaz de reduzir em 60,8% o número de casos de dengue em um estudo que envolveu quase 21 mil crianças e adolescentes da América Latina e Caribe. Em outro estudo, feito com mais de 10 mil voluntários da Ásia, a vacina conseguiu reduzir em 56% o número de casos da doença.
Estudos clínicos demonstraram que a vacina foi capaz de reduzir em 60,8% o número de casos de dengue em um estudo que envolveu quase 21 mil crianças e adolescentes da América Latina e Caribe. Em outro estudo, feito com mais de 10 mil voluntários da Ásia, a vacina conseguiu reduzir em 56% o número de casos da doença.
Outro
estudo, feito a partir de uma análise combinada dos testes clínicos na Ásia e
na América Latina, concluiu que a vacina é mais eficaz a partir dos 9 anos de
idade. A partir dessa faixa etária, a vacina é capaz de proteger 66% dos
indivíduos contra a dengue.
Bem
Estar