Sábado, 02 de Janeiro de 2015.
Assinado em 1990 com outros Estados-Membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para padronizar as regras ortográficas, o acordo foi ratificado pelo Brasil em 2008 e implementado sem obrigatoriedade em 2009.
Aplicativo da ABL tira dúvidas
As regras do Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa são obrigatórias no Brasil desde essa sexta (1º). Em uso desde 2009,
mudanças como o fim do trema e novas regras para o uso do hífen e de acentos
diferenciais agora são oficiais com a entrada em vigor do acordo, adiada por
três anos pelo governo brasileiro. Um aplicativo ajuda a tirar dúvidas de quem
ainda tem dificuldades para entender as mudanças. Acesse-o
aqui.
Assinado
em 1990 com outros Estados-Membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa
(CPLP) para padronizar as regras ortográficas, o acordo foi ratificado pelo
Brasil em 2008 e implementado sem obrigatoriedade em 2009. A previsão inicial
era que as regras fossem cobradas oficialmente a partir de 1° de janeiro de
2013, mas, após polêmicas e críticas da sociedade, o governo adiou a entrada em
vigor para 1° de janeiro de 2016.
O Brasil
é o terceiro dos oito países que assinaram o tratado a tornar obrigatórias as
mudanças, que já estão em vigor em Portugal e Cabo Verde. Angola, Moçambique,
Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste ainda não aplicam oficialmente
as novas regras ortográficas.
Com a
padronização da língua, a CPLP pretende facilitar o intercâmbio cultural e
científico entre os países e ampliar a divulgação do idioma e da literatura em
língua portuguesa, já que os livros passam a ser publicados sob as novas regras,
sem diferenças de vocabulários entre os países. De acordo com o Ministério da
Educação, o acordo alterou 0,8% dos vocábulos da língua portuguesa no Brasil e
1,3% em Portugal.
Alfabeto, trema e acentos.
Entre as
principais mudanças, está a ampliação do alfabeto oficial para 26 letras, com o
acréscimo do k, w e y. As letras já são usadas em várias palavras do idioma,
como nomes indígenas e abreviações de medidas, mas estavam fora do vocábulo
oficial.
O trema –
dois pontos sobre a vogal u – foi eliminado, e pode ser usado apenas em nomes
próprios. No entanto, a mudança vale apenas para a escrita, e palavras como
linguiça, cinquenta e tranquilo continuam com a mesma pronúncia.
Os
acentos diferenciais também deixaram de existir, de acordo com as novas regras,
eliminando a diferença gráfica entre pára (do verbo parar) e para (preposição),
por exemplo. Há exceções como as palavras pôr (verbo) e por (preposição) e pode
(presente do indicativo do verbo poder) e pôde (pretérito do indicativo do
verbo poder), que tiveram os acentos diferenciais mantidos.
O acento
circunflexo foi retirado de palavras terminadas em “êem”, como nas formas
verbais leem, creem, veem e em substantivos como enjoo e voo.
Já o
acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos “ei” e “oi” (antes
"éi" e "ói”), dando nova grafia a palavras como colmeia e jiboia.
O hífen
deixou de ser usado em dois casos: quando a segunda parte da palavra começar
com s ou r (contra-regra passou a ser contrarregra), com exceção de quando o
prefixo terminar em r (super-resistente), e quando a primeira parte da palavra
termina com vogal e a segunda parte começa com vogal (auto-estrada passou a ser
autoestrada).
A grafia
correta das palavras conforme as regras do acordo podem ser consultadas no Vocabulário
Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), disponível no
site da Academia Brasileira de Letras (ABL) e por meio de aplicativo para
smartphones e tablets, que pode ser baixado em dispositivos Android, pelo
Google Play, e em dispositivos da Apple, pela App Store.
Por Agência Brasil
Formado em radialismo,Cursou A FUNETECE,Ensino médio Completo,E-mail: radialistasergiothiago@gmail.com.