Quinta-feira, 28 de Janeiro de 2016.
Felipe Jonas, de 23 anos, morador da cidade de Cachoeira dos
Índios, no Sertão da Paraíba, desenvolveu um aplicativo gratuito de troca de
mensagens para celular que já foi instalado por mais de 50 mil pessoas do mundo
inteiro. Além do Brasil, usuários de países como Angola, Índia, Estados Unidos,
Moçambique e Itália também baixaram o aplicativo desenvolvido pelo paraibano.
Na cidade
natal do jovem programador, com pouco mais de 9 mil habitantes, conversar na
calçada, sentado em uma cadeira de balança, ainda é uma cena comum. Mas pouco a
pouco, os jovens trocaram a conversa pessoal, pela virtual.
Felipe conta
que a paixão pela informática começou cedo, aos 13 anos, quando ganhou o
primeiro computador do avô. Na época, por conta da baixa renda do pai,
pedreiro, e da mãe, diarista, o jovem não tinha como acessar a internet de
casa.
“A cidade
naquele tempo só tinha uma lan house. Como eu não tinha internet em casa, tinha
que ir na lan house pesquisar alguma coisa, colher informações, ir para casa e
estudar. Salvava as informações em um CD, às vezes dava errado. Com o pouco
dinheiro que tinha naquele tempo, voltava para lan house para continuar as
pesquisas”, comentou.
Com a
curiosidade, passou a pesquisar sobre todos os assuntos relacionados à
informática e passou a ganhar dinheiro com isso. Começou gravando CDs por encomenda
para os amigos, depois investiu na criação de sites, mesmo sem nunca ter feito
um curso na área e estudado apenas até o primeiro ano do ensino médio.
Atualmente, a
principal renda da família vem da empresa que ele montou, uma provedora de
internet. De acordo com o jovem, a empresa possui mais de 300 clientes na
cidade.
“A gente vê
grandes empresas. É difícil concorrer com essas empresas”, completou. Foram
seis meses apenas de pesquisas até que o aplicativo fosse colocado para
download em uma loja virtual para smartphones.
O aplicativo
desenvolvido pelo paraibano, batizado de “Zap!”mescla diferentes funções de
outros aplicativos de troca de mensagens. A principal delas é a da
autodestruição, na qual você envia uma mensagem e pode calcular por quanto tempo
ela ficará visível para os outros usuários.
No dia 17 de
dezembro, quando o principal aplicativo de troca de mensagens ficou fora do ar
no Brasil por decisão judicial, o número de downloads do “Zap!” aumentou em
50%.
“Bombou. Só
via gente adicionando e comentando que tinha encontrando uma boa alternativa,
apontando os pontos positivos”, relatou o jovem. Mesmo sem ter retorno
financeiro com o aplicativo, o jovem garante que vai continuar pesquisando para
aprimorar o serviço. “A minha paixão por tecnologia não vai acabar nunca”,
completou.
Com
GiroPB