Sábado, 30 de Janeiro de 2016.
Ao menos
mais 16 pessoas morreram de fome em Madaya, cidade no oeste da Síria sitiada
pelo Exército do país, mesmo depois da chegada de comboios de ajuda
humanitária, em meados deste mês. A informação é da organização Médicos Sem
Fronteiras (MSF).
A
organização não-governamental estima que os casos de desnutrição atingiram 320
pessoas, das quais 33 ainda correm "risco de morte" e lamentou
moradores da cidade continuem a morrer de fome.
Com os
números divulgados hoje, o total de pessoas que morreram de fome desde dezembro
de 2015 em Madaya subiu para 46, calculou a MSF.
Localizada
na província de Damasco, Madaya está cercada pelas tropas governamentais e seu
destino é um dos temas a ser discutido nas negociações de paz na Síria que,
após sucessivos adiamentos, começaram ontem (29) em Genebra, na Suíça.
Antes de
qualquer discussão, a oposição síria exige a implementação das resoluções do
Conselho de Segurança da ONU, que preveem levantar o cerco das cidades em poder
dos rebeldes.
Madaya é
uma das quatro cidades incluídas em um raro acordo, assinado no fim de 2015,
que prevê a suspensão dos combates, para permitir a entrada de comboios de
ajuda humanitária com equipes médicas e alimentos para as populações sitiadas.
Apesar do
acordo, as Nações Unidas, bem como várias outras instituições de ajuda
humanitária, só conseguiram ter acesso limitado uma vez a Madaya e a Zabadani,
cercadas pelas forças de Damasco, bem como as cidades de Fuaa e Kafraya,
sitiadas pela oposição.
As Nações
Unidas estimam que cerca de 486,7 mil sírios vivem cercados nessas quatro
cidades sitiadas pelo Governo de Damasco, pelos rebeldes ou pelo grupo Estado
Islâmico (EI).
Agência
Brasil