Segunda-feira, 25 de Janeiro de 2016.
Desordem faz
com que bebês nasçam com crânios e cérebros menores do que o comum.
Um
artigo publicado pelo CDC (Centro de Controle de Doenças dos EUA) nesta
sexta-feira (22) mostra que 71% das crianças nascidas de mães que foram
infectadas pelo zika vírus apresentam microcefalia, uma desordem neurológica na
qual crianças nascem com crânios e cérebros menores do que o comum.
O estudo foi baseado em 35 bebês brasileiros microcéfalos, com o
intuito de avaliar especificamente as características da microcefalia causada
pelo zika.
Foi constatado pelos pesquisadores que alguns bebês sofriam de
artrogripose, doença que afeta as articulações, e problemas oftalmológicos.
Especialistas não sabem ao certo por que o vírus, detectado pela
primeira vez em 1947 na África, mas desconhecido nas Américas até o ano
passado, está se alastrando tão rapidamente no Brasil e países vizinhos.
O zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que
transmite a dengue e a chikungunya. Um estudo norte-americano também sugere a
possibilidade de transmissão do vírus por contato sexual e através da placenta,
de mãe para filho.
A doença se assemelha com a dengue por ter sinais semelhantes,
como febre, manchas pelo corpo com coceira, dor de cabeça e nas articulações,
enjoo e dores musculares. Em alguns casos, o paciente pode apresentar olhos
vermelhos.
Os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em até sete
dias.
Apesar de as pesquisas ainda estarem em andamento, evidências
significativas no Brasil mostram uma ligação entre as infecções pelo zika e o
aumento de casos de microcefalia.
R7