Quarta-feira, 29 de outubro-(10) de 2025
Matéria do Portal Paraíba.com.br
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| Imagem: Eusébio Gomes/TV Brasil |
Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do
Rio de Janeiro, levaram pelo menos 64 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada
José Rucas, ao longo da madrugada desta quarta-feira (29). O episódio ocorreu
um dia após a megaoperação mais letal da história do Rio, iniciada na
terça-feira (28).
Até o momento, o total de mortos chega a 121. O
governo informou que, dos 64 mortos contabilizados no último balanço oficial,
60 eram criminosos e quatro, policiais civis e militares. Os corpos levados à
praça não estavam incluídos nos números oficiais, segundo o secretário da PM,
coronel Marcelo de Menezes Nogueira. Haverá perícia para determinar se essas
mortes têm relação com a operação.
O g1 apurou que todos os corpos eram de homens e
estavam na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde ocorreram
confrontos entre forças de segurança e traficantes. O ativista Raull Santiago,
que ajudou a retirar os corpos, descreveu a cena: “Em 36 anos de favela,
passando por várias operações e chacinas, nunca vi nada parecido. É brutal e
violento em um nível desconhecido”.
Os moradores levaram os corpos à praça para
facilitar o reconhecimento por parentes, deixando-os sem camisa para expor
tatuagens, cicatrizes e marcas de nascença. Muitos apresentavam ferimentos de
bala e alguns estavam com o rosto desfigurado.
A Polícia Civil informou que o reconhecimento
oficial ocorrerá no prédio do Detran, ao lado do Instituto Médico-Legal (IML)
do Centro do Rio, a partir das 8h. Durante esse período, o acesso ao IML ficará
restrito à Polícia Civil e ao Ministério Público. Outras necropsias, sem
relação com a operação, serão realizadas no IML de Niterói.
Por: Portal
Paraíba.com.br

