Sábado, 27 de Fevereiro de 2016.
A Polícia Civil
encontrou pelo menos sete corpos em um terreno na região do Parque das
Cerejeiras, na zona sul de São Paulo, na quinta-feira, 25. De acordo com as
investigações, o cemitério clandestino era utilizado pelo “tribunal do crime”
da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os restos mortais
estavam em valas horizontais e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa
e 6.ª Delegacia Seccional Sul têm informações de que os “réus” da facção
criminosa eram obrigados a cavar os buracos onde foram enterrados antes de
receber a “sentença”.
Durante a manhã e a
tarde desta sexta, homens do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e
investigadores faziam buscas no local com cães farejadores. Três corpos foram
encontrados em valas próximas umas das outras. A região fica no limite entre a
capital e a cidade de Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São
Paulo.
As investigações
tiveram início com um levantamento de pessoas desaparecidas na região. Segundo
o delegado do DHPP Rodrigo Petrilli, o corpo mais recente do local pode ter
sido enterrado há 15 dias. “As vítimas podem ter sido tanto mortas aqui como
trazidas já assassinadas. Estamos tentando identificar os corpos para saber os
motivos de terem ido parar no local”, afirmou.
Ele explicou que
nenhum dos restos mortais encontrados estava com documento nos bolsos das
roupas e também não foi possível distinguir o sexo das vítimas. Em algumas
covas os policiais encontraram cal, substância usada para acelerar o processo
de decomposição dos corpos.
O delegado da 6ª
Seccional, Mitiaki Yamamoto, faz uma investigação paralela em conjunto com
DHPP. Ele não revelou o que leva a Polícia Civil a acreditar que se trate de um
tribunal do crime, mas “há forte indícios de que as vítimas tenho sido
obrigadas a cavar as próprias covas”. Até o início da noite, ninguém tinha sido
preso.
Com Tambaú-247