Quarta-feira, 02 de Março de 2016.
Começa hoje (1º) o desligamento das 21 usinas
termelétricas com preço de geração de energia superior a R$ 250 por
megawatt-hora (MWh). Com isso, as contas de luz passarão a adotar a cor
amarela, reduzindo o custo extra para R$1,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh)
consumido. Essa taxa deixará de ser cobrada a partir de abril, quando será
adotada a bandeira verde.
O sistema de bandeiras foi criado com o objetivo de informar
mensalmente ao consumidor se a energia consumida por ele está mais cara ou mais
barata. Com a melhora da situação dos reservatórios das hidrelétricas e a
entrada de energia nova no sistema – caso, por exemplo, da fornecida pelas
usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio – foi possível iniciar os
desligamentos das termelétricas com custo mais caro de geração.
A decisão levou em conta também o comportamento de carga,
influenciado pela redução de consumo. Apesar do cenário mais favorável, a
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mantém o alerta para que os
consumidores façam uso eficiente de energia, de forma a combater os
desperdícios e a evitar um futuro retorno às bandeiras vermelha ou amarela – o
que implicaria a volta da taxa extra.
Ao fazer, em 25 de abril, o anúncio do desligamento, previsto
para abril, das termelétricas com custo acima de R$ 211 por MWh, o
ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que a adoção da bandeira
verde deverá resultar em redução média entre 6% e 7% na conta de luz.
Até o final de abril, 5 mil MW gerados pelas térmicas terão
sido desligados do sistema, o que representará economia total de R$ 10 bilhões
ao ano. Segundo Braga, mantida a previsão positiva da situação hidrológica,
mais 2 mil MW gerados em usinas térmicas poderão ser desligados nos próximos
meses.
Também entram hoje em vigor as novas regras da resolução que
estabelece o Sistema de Compensação de Energia Elétrica. Por meio desse
sistema, é possível que o consumidor instale pequenos geradores (painéis
solares fotovoltaicos, microturbinas eólicas, entre outras fontes renováveis)
em sua unidade consumidora e troque energia com a distribuidora local, de forma
a reduzir os gastos com energia elétrica.
Ao simplificar a norma, a Aneel estima que até 2024 mais 1,2
milhão de consumidores passem a produzir sua própria energia – o que
equivaleria a uma potência instalada de 4,5 gigawatts.
Agência Brasil