Sexta-feira, 20 de maio de 2016.
Efeitos da mudança climática se
manifestam mais rapidamente do que a comunidade científica previu, por isso que
os governos devem tomar medidas imediatamente, advertiu nesta quinta-feira o
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
O estudo
Previsão Meio Ambiental Global (GEO-6, em inglês), apresentado em Nairóbi, é o
último e mais exaustivo relatório realizado pelo PNUMA que, através de seis
estudos regionais, revela uma ameaça comum global cuja intensidade aumenta de
forma preocupante.
Em quase
todo o mundo, o aumento da população, a rápida urbanização, os crescentes
níveis de consumo, a desertificação e a degradação do solo provocaram uma grave
escassez de água e puseram em risco a segurança alimentar de centenas de
milhões de pessoas.
"Se
esta tendência continuar e o mundo não conseguir melhorar os padrões atuais de
produção e de consumo, se não conseguirmos utilizar os recursos naturais de
forma sustentável, o estado do meio ambiente seguirá piorando", lamentou
em entrevista coletiva o diretor-executivo do PNUMA, Achim Steiner.
Apesar de
tudo, as avaliações regionais mostram que ainda há tempo para neutralizar as
consequências mais daninhas da mudança climática, especialmente a destruição
dos ecossistemas marítimos e o crescente nível de poluição do ar.
O
relatório Previsão Meio Ambiental Global (GEO-6) faz parte dos esforços globais
para combater a mudança climática e é um antecipação da segunda Assembleia Meio
Ambiental das Nações Unidas (UNEA-2), que acontecerá na próxima semana em
Nairóbi.
A UNEA-2
reunirá a delegações de 170 países e centenas de cientistas para debater os
próximos passos da comunidade internacional para implementar a dimensão
ambiental da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Terra