Quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Europeus passam com facilidade pelos nigerianos e garantem vaga na
final dos jogos do Rio de Janeiro
Brasil vai enfrentar a Alemanha na final da Rio 2016 no sábado. Foto: Reuters
"Ô Alemanha, pode esperar, a sua hora vai chegar"... Com
este grito, a torcida paulista se despediu da Alemanha e deu um aviso ao que a
seleção europeia vai esperar no Maracanã, sábado que vem, às 17h30 (horário de
Brasília). Sem grandes problemas, os alemães venceram a Nigéria por 2 a 0 nesta
quarta-feira, na Arena Corinthians, e se classificaram para enfrentar o Brasil
na final olímpica do próximo sábado, no Rio de Janeiro. Com gols de Klostermann
e Petersen, a Alemanha vai em busca de um ouro inédito no primeiro confronto
com os brasileiros desde o 7 a 1 de 2014. Um jogo que já é histórico antes
mesmo de começar.
Montada no 4-1-4-1 e com uma disciplina tática típica da equipe
principal, a Alemanha logo dominou as ações e, com volume de jogo, chegou cedo
ao primeiro gol. Aos oito minutos, Klostermann invadiu a área, recebeu
cruzamento da direita e só teve o trabalho de completar para as redes. Detalhe:
Klostermann é lateral-esquerdo e recebeu a assistência de Max Meyer, um meia. A
movimentação do time alemão foi fundamental para o melhor ataque do torneio
olímpico: 20 gols em cinco jogos. A Nigéria só chegou em erros da zaga alemã,
que joga muito com o goleiro Timo Horn - uma falha dele num "chute no
vácuo" quase originou o empate. Depois, em outro erro, Mikel pegou a
sobra, driblou dois, mas chutou para fora.
Forte fisicamente, a Nigéria tentou se impor dessa maneira nos 45
minutos finais. O problema é que Obi Mikel, capitão e nome mais conhecido do
time, jogou praticamente sozinho. Com um ataque inoperante, a seleção africana
quase não levou perigo ao gol de Horn. A Alemanha, que já não queria se expor
tanto, fez suas mudanças: Sven Bender deu lugar a Proemel, e Gnabry foi
substituído por Philipp Max. Os dois, com funções mais defensivas, fecharam
ainda mais a Alemanha, que buscou o segundo gol num contra-ataque com Petersen,
aos 43 minutos. À Nigéria, agora, cabe brigar pelo bronze.
Nas arquibancadas da Arena Corinthians, o clima foi totalmente
favorável aos africanos. Com fritos de "Nigéria" e "Eu
acredito", os brasileiros se juntaram aos nigerianos e fizeram uma
corrente contra a Alemanha - o mesmo já havia ocorrido com o time feminino, que
jogou duas partidas em São Paulo. A nota triste foi o insistente grito
homofóbico a cada tiro de meta cobrado pelo alemão Timo Horn. O público não foi
divulgado. No fim, um recado aos europeus: "Alemanha, pode esperar, que
sua hora vai chegar".
A Alemanha tem a prata garantida, mas busca agora seu primeiro
ouro como um país unificado. A Alemanha Oriental já foi ouro em Montreal 1976,
enquanto a Ocidental conseguiu o bronze em Barcelona 1992, última participação
do país europeu até a Rio 2016. No sábado, às 17h30, no Maracanã, veremos se a
tarefa será concluída com sucesso.
Por Gazetaweb, com
GloboEsporte