Sábado, 29 de outubro de 2016
Cientistas do Instituto
Tecnológico de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) e da Universidade Brown,
nos Estados Unidos, descobriram a origem de Oriental, uma das maiores e mais
bem-preservadas crateras da Lua, formada há 3,8 bilhões de anos. Os achados sobre
a cratera, formada por três anéis e com diâmetro de 930 km, foram publicados
nesta quinta-feira (27) na revista "Science".
A descoberta, fruto de estudos divulgados em dois artigos, foi
possível graças aos dados colhidos em 2012 pelos satélites da missão
"Laboratório Interior e de Recuperação de Gravidade" (Grail, sigla em
inglês) da Nasa.
De acordo com o estudo do geólogo
Brandon Johnson, da Universidade Brown, o objeto que criou a cratera Oriental
tinha 64 km de diâmetro e impactou a Lua a uma velocidade de 15 km por segundo.
Esse impacto criou uma cratera de diâmetro entre 320 e 460
quilômetros, que não corresponde a nenhum dos anéis atuais. Essa cratera
formada pelo impacto inicial pode ter entrado em colapso pelas fraturas da
rocha e suas temperaturas, formação de três anéis concêntricos visíveis
atualmente.
"Grandes impactos como o que formou Oriental foram os maiores
fatores de mudanças nas crostas planetárias do sistema solar. Graças aos dados
surpreendentes fornecidos pelo Grail, compreendemos melhor como se formaram
essas bacias, e podemos usar esses conhecimentos em outros planetas e
luas", disse Johnson.
G1