Terça-feira, 08 de novembro de 2016
Um feiticeiro supostamente decapitou uma menina de quatro
anos de idade em Assam e a ofereceu como sacrifício, com o objetivo de
encontrar um celular perdido. O caso aconteceu na Índia.
A garota, que estava desaparecida desde 24 de outubro, foi encontrada desmembrada na tarde de segunda-feira. Sua cabeça e braços decepados foram encontrados em uma floresta próxima à sua casa em Ratanpur, distrito de Assam.
A polícia diz que não havia sinais de agressão
sexual na vítima. Ela supostamente foi torturada e decapitada pelo feiticeiro,
que acreditava que o sacrifício o levaria a recuperar o celular perdido de uma
bruxa Hanuman Bhumij.
Embora o principal acusado, Abdul Jalil, esteja
foragido, seu assistente Ariful Ali, foi preso junto com Hanuman Bhumij. Os
moradores os capturaram horas depois que a garota desapareceu. No entanto, eles
ainda não confessaram participação no crime.
“Bhumij abordou o feiticeiro com o objetivo de
recuperar seu celular. Estamos investigando as alegações de que a menina foi
raptada e sacrificada com a esperança de recuperar o aparelho”, disse Prasanta
Phukan, chefe de polícia de Paloma ao Hindustan Times.
Enquanto isso, duas mulheres foram enterradas
vivas por seus parentes após serem marcadas como bruxas no distrito de Nagaon,
também em Assam. Três irmãos empurraram as mulheres para um poço e o cobriram
com lama e terra após afirmarem que as “bruxas encheram a vila com insetos”.
As vítimas foram identificadas como Salmi Gaur, de
47 anos, prima dos acusados, e Salmi Gaur, de 59, que era tia materna deles.
Os acusados Basu Gaur e Sanu Gaur foram presos
pela polícia. O terceiro suspeito, Kumar Sanu Gaur ainda está foragido.
“Nós bebemos a água da fonte da vila. Mas Sagu e
Salmi usaram magia negra para encher o local de insetos. Como resultado, todos
ficavam doentes o tempo todo. Então, nós as pegamos e as enterramos vivas no
poço, cobrindo-o com lama e terra”, disse Basu para o New Indian Express.
Ultimamente, quando se fala em caça às bruxas e superstição, é comum falar de
Assam. O povo de lá culpa as bruxas por qualquer coisa ruim que aconteça na
vila, seja infelicidade, doenças e até mesmo safras ruins. Uma vez que um
charlatão local identifica uma mulher como sendo uma bruxa, ela pode ser
espancada, torturada, excomungada e até mesmo morta.
De acordo com estatísticas, a caça às bruxas já
matou 132 pessoas entre 2002 e 2012. Grande parte foram mulheres e crianças.
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