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Relator apresenta a comissão parecer sobre projeto anticorrupção

Quinta-feira, 10 de novembro de 2016
O relator do projeto que reúne um conjunto de medidas de combate à corrupção, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), apresentou seu parecer na tarde desta quarta-feira (9) à comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o pacote.

Até a última atualização desta reportagem, a apresentação não havia sido concluída. A expectativa entre os deputados da comissão é que, após a leitura do relatório, seja concedida vista (mais prazo para os deputados analisarem o texto), fazendo com que, assim, a votação fique, possivelmente, para a semana que vem.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já disse publicamente que pretende incluir o pacote anticorrupção na pauta de votação do plenário logo após a comissão concluir a análise do texto, a tempo de a proposta ser votada até 9 de dezembro.

Na Câmara, parlamentares defendem que projeto vá ao Senado até esta data por ser o Dia Internacional Contra a Corrupção.

Relatório
No relatório apresentado nesta quarta,Onyx Lorezoni transforma o caixa dois (doações recebidas por campanhas não declaradas à Justiça Eleitoral) como crime.

Atualmente, o político que adota esse tipo de prática é punido por outros crimes, como falsidade na prestação de contas ou lavagem de dinheiro.

Na proposta em discussão na Câmara, os partidos também seriam punidos pela prática, o que gerou críticas de parlamentares da comissão, pois, na avaliação deles, a medida pode anistiar aqueles que, no passado, se beneficiaram de caixa dois, pois a lei não retroage.

O texto também propõe a aplicação do chamado teste de integridade aos agentes públicos, usado somente para fins administrativos. A sugestão inicial do Ministério Público previa uma redação mais rigorosa porque estabelecia que o resultado do teste poderia embasar ações cíveis, inclusive a de improbidade administrativa, e criminais.

A justificativa do relator ao adotar uma proposta diferente é que "o objetivo não é o de fazer perseguição a funcionários, mas tentar promover a mudança de comportamento ou de visão do funcionário para com a coisa pública".

Os testes de integridade consistirão na simulação de situações, sem que o agente público tenha conhecimento, com o objetivo de testar sua "conduta moral e predisposição para cometer ilícitos contra a administração pública".

Comissão especial
A comissão especial da Câmara foi criada após o Ministério Público Federal entregar, em março, à Casa, uma proposta que reúne dez medidas de combate à corrupção, com a assinatura de mais de 2 milhões de pessoas.

O projeto de lei proposto pelo MP reúne sugestões de procuradores e promotores que poderiam, na visão deles, combater a corrupção no país.

Desde julho, a comissão realizou várias audiências públicas com especialistas para debater o conjunto de medidas.



G1 

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Formado em radialismo,Cursou A FUNETECE,Ensino médio Completo,E-mail: radialistasergiothiago@gmail.com.
 
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