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Após longa negociação, Apodi volta a vestir a camisa da Chape: "Privilégio"

Domingo, 19 de fevereiro de 2017
Lateral, que se destacou em 2015 no Verdão, consegue liberação Kuban Krasnodar e retorna para ajudar na reconstrução do clube: "Espero retribuir a todos de Chapecó"

Apodi faz o gesto do arco e flecha, que marcou a sua passagem em Chapecó (Foto: Sirli Freitas/Chapecoense)

Apodi novamente veste verde e branco.  Apresentado neste sábado pela Chapecoense, o lateral passou pelo protocolo de declarações e coletiva de imprensa ao lado do diretor Rui Costa, do vice de futebol Nei Maidana e do ex-companheiro Nivaldo. A transação, que envolveu o Kuban Krasnodar, clube russo que detinha os direitos federativos do atleta, e Goiás, que também investia na contratação do lateral, foi o tema de abertura.

-Talvez seja a negocião mais longa que tivemos. Faz tempo que a gente vem conversando e tentando resgatar uma história tão bonita que foi a dele aqui. E nessa fase de reconstrução de histórias, de jornadas e conexão com legado, o Apodi representa tudo isso - disse Rui Costa, apresentando o atleta

Antes de abrir a coletiva para perguntas, Apodi fez um breve prenunciamento, relembrando, por cima, o acidente em novembro, e demonstrando a felicidade de novamente ser jogador da Chapecoense.

- É um privilégio para mim voltar e vestir essa camisa. Fui tão feliz aqui juntamente com os outros companheiro, que por um acidente tiveram que nos deixar. Difícil não falar nisso, porque eu vivi, joguei com praticamente todos eles, jogadores e diretores, então para mim voltar também é de certa forma estar junto deles e participar dessa reconstrução. É um privilégio vestir de novo essa camisa que me deu muita alegria e espero retribuir a todos de Chapecó e até do mundo que hoje torcem para a Chapecoense.

Confira os principais trechos
ÚLTIMA TEMPORADA  NEGOCIAÇÃO
2016 foi frio, principalmente no começo (na Rússia). Joguei vários jogos, fiz três gols, um até muito bonito, depois voltei de férias, quis ficar no Brasil mesmo com mais dois anos de contrato lá. Se iniciou uma batalha com eles, mas conseguimos fica no Sport. Joguei várias partidas, mas entrando no decorrer do jogo, e jogando mais adiantado com o Oswaldo Oliveira. Acabou a temporada aqui e retornei para lá, mas já estava conversando com o Nei (Maidana), a Chapecoense queria que eu voltasse, eu também. Mas tinha muita burocracia, muitos valores, e são coisas que não se resolvem rápido, principalmente com os russos. Quado achei que tinham desistido, apareceu a oportunidade e ficamos muito felizes. Acredito que a maioria dos torcedores da Chapecoense também ficaram felizes com meu retorno.
Nei Maidana e Apodi (Foto: Sirli Freitas/Chapecoense)

LATERAL OU AVANÇADO?
Venho a princípio para disputar na lateral direita, mas com tanta jogadores no elenco, posso fazer outras funções,Vou procurar fazer meu trabalho. Acredito que o torcedor esteja esperando o mesmo Apodi que saiu daqui. Espero trabalhar para voltar ao mesmo nível que todos esperam.

EXPECTATIVA
Estou sempre pronto (fisicamente), isso não é problema. Sei a expectativa que gera com a minha volta, porque fiz um ano muito bom. A responsabilidade faz parte e acredito que o esforço foi feito justamente pelo desempenho que tive no clube. Cabe a mim me preparar e repetir o que já fiz. Acredito que o time tem a qualidade e com o time espero fazer um trabalho bem feito.

DESAFIO
Desafio é reconstruir, mas não estou sozinho nessa. Tem pessoas capacitadas, mas acredito que todas pessoas que foram escolhidas para estarem aqui tem uma responsabilidade. Todos sabem disso, e todos tem competência para representar e ajudar a Chapecoense. Todos tem sua parcela e acredito que todos vão contribuir. E eu vou ser mais uma peça nessa engrenagem, quero dar minha contribuição até por já ter jogado aqui e dentro do campo fazer tudo que se espera de mim. Mas junto com todos, não sozinho.
Apodi Chapecoense (Foto: Sirli Freitas/Chapecoense)

ADAPTAÇÃO NA RÚSSIA?
A decisão de voltar foi minha. Eu estava jogando bem e tinha proposta de ficar até mais tempo do que o contrato inicial. Mas tem a questão da cultura e família. O idioma é complicado, viver onde eu estava é difícil, tem o frio, e a família que fica para trás. Para o jogador é mais fácil, a gente trabalha, treina, viaja e joga. Mas os familiares ficam em casa, sozinhos. Imagina ter que ficar no minimo 28 horas de avião para voltar para o seu pais, sem saber falar o idioma, então é complicado resolver as coisas básicas. Eles assimilaram bem, mas sempre fica o desejo de voltar, e acabamos comprando a ideia. É o mais óbvio, voltar para o seu pais, onde todos ficam mais felizes.

AVALIAÇÃO DO GRUPO
Grupo alegre, de cara já da para ver isso. Muitos jogadores experientes, com bastante rodagem, tem o Mancini, com quem já trabalhei. Vejo o grupo muito bem. A cobrança agora é por conta dos últimos resultados. Isso vai existir. AS pessoas tem a imagem da última chapecoense. o ultimo jogo é o Danilo fazendo aquela grande defesa, e tinha grande equipe. Mas é uma nova Chapecoense agora e leva um pouco de tempo. Torcedor é difícil, ele não entende isso porque ele é paixão, ele não tem paciência. Mas precisa de mais tempo para a equipe se acostume. Acredito que a equipe vai entrar no eixo e vai ter resultado. A Chapecoense vai voltar muito forte.



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Chapecó

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Formado em radialismo,Cursou A FUNETECE,Ensino médio Completo,E-mail: radialistasergiothiago@gmail.com.
 
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