Domingo, 19 de fevereiro de 2017
Ray Woodhall
faria uma cirurgia cardíaca no mesmo dia; sua família chegou a ser informada
que ele provavelmente não sobreviveria.
Foi preciso recorrer a uma
equipe de seis especialistas de plantão para lidar com o caso (Foto:
Worcestershire Royal Hospital)
Ray Woodhall, de
54 anos, teve um infarto em dezembro passado após jogar seis partidas de
futebol de dez minutos cada e, no hospital, diz ter chegado a
"morrer" 27 vezes enquanto uma equipe médica tentava salvar sua vida.
Foram tantas
paradas cardíacas, conta ele, que uma enfermeira lhe pediu desculpas por ter
precisado socar tanto seu peito. Outra enfermeira disse que até então só tinha
visto um paciente neste estado ser ressucitado sete vezes no máximo.
"Meu último
infarto foi o mais assustador", diz ele, que trabalha como distribuidor de
bebidas em Wednesbury, na região central da Inglaterra, e tem três filhos.
O Hospital
Worcestershire Royal disse que foi preciso recorrer a uma equipe de seis
especialistas de plantão para lidar com um caso de "múltiplos ataques
cardíacos".
Woodhall conta
que sua mulher o acompanhava. "Ela me viu morrer na sua frente", diz
ele. "Morrer é como adormecer." E foi o que pensou que acontecia até
ser informado pelos médicos que havia "partido".
Dor no
peito
Ele começou a
sentir-se mal após a última partida e reclamou do peito "dolorido".
Woodhall se recusou a princípio a chamar uma ambulância, mas concordou ao notar
que o desconforto persistia.
Os paramédicos
disseram que ele estava tendo uma parada cardíaca - e Woodhall teria outros 26
já na emergência hospitar.
Naquele dia,
estava programada uma cirurgia para colocar dois stents - próteses que mantêm
as artérias abertas - em seu coração.
Ele disputou um
torneio de uma modalidade conhecida como "walking football" (futebol
de caminhada, em tradução livre), uma versão de baixo impacto do esporte
voltada para pessoas com mobilidade limitada.
De noite, já no
hospital, sua família chegou a ouvir dos médicos que ele provavelmente não
sobreviveria após sofrer a uma série de paradas cardíacas entre 21h e 3h da
manhã.
Woodhall
acredita que levará seis meses para recuperar-se totalmente. Enquanto isso, diz
ter decidido compartilhar sua história para "dar o devido crédito"
aos médicos e enfermeiros que o salvaram.
Por BBC