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Joelsey diz ter pago R$ 110 milhões a Aécio Neves, afirma jornal


Sábado, 21 de abril de 2018
Segundo 'O Globo', empresário detalhou à PF como repassou os valores à campanha do tucano e às de partidos aliados em 2014
Aécio Neves e Joesley Batista (Cristiano Mariz/VEJA e Danilo Verpa/Folhapress)
Em depoimentos complementares à sua delação premiada, o empresário Joesley Batista, um dos sócios do Grupo J&F, detalhou à Polícia Federal como repassou 110 milhões de reais à campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República em 2014. Conforme publicou o jornal O Globo nesta sexta-feira, Joesley relatou aos investigadores que o valor, que já havia sido citado nos primeiros depoimentos da delação, foi dividido entre doações oficiais a Aécio e ao PSDB, pagamentos de caixa dois e a partidos que compuseram o arco de alianças do tucano naquela campanha.

Segundo o jornal, o empresário afirmou à PF que o PSDB recebeu 64 milhões de reais deste montante, o PTB ficou com 20 milhões de reais e o Solidariedade, presidido pelo deputado federal Paulinho da Força (SP), embolsou 15 milhões de reais. Os 11 milhões restantes, ainda conforme o depoimento de Joesley Batista publicado por O Globo, foram repassados a campanhas de políticos que apoiavam a candidatura de Aécio ao Planalto.

Em sua nova oitiva, de acordo com o jornal, Joesley apresentou recibos e notas fiscais frias emitidas por empresas utilizadas para repassar os valores não oficiais a partidos e candidatos.

A justificativa dada pelo empresário para os repasses a Aécio Neves e a aliados dele foi a de que os valores destinavam-se a manter uma boa relação e semear benefícios junto ao possível governo do tucano, que “era um candidato em ascensão e, para alguns, seria o próximo presidente da República”. Joesley Batista ainda disse à PF, conforme o jornal, que foi procurado pelo senador depois das eleições para cobrir 18 milhões de reais em dívidas de campanha, valor que teria sido pago a Aécio por meio da compra de um imóvel em Belo Horizonte.

Ao O Globo, o advogado de Aécio, Alberto Zacharias Toron, afirmou que Joesley age “de forma desesperada manter seu acordo de delação premiada que aguarda há sete meses para ser discutido pelo STF. E, por isso, mente mais uma vez”. Ainda conforme o defensor, “doações feitas a outros partidos não podem ser considerados de responsabilidade do PSDB tampouco de seu então presidente”.



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