Segunda-feira, 11 de outubro de 2021
Matéria do Portal Paraíba
Imagem em reprodução: Internet
A partir de 2022, escolas públicas e privadas deverão implementar
mudanças no 1º ano dessa etapa do ensino. A começar pela carga horária, que
sobe de 4 para 5 horas diárias. Mas essa revolução será sentida de maneira
desigual a depender de onde o estudante vive.
Veja os principais pontos do novo ensino médio:
-Sabe
aquele modelo tradicional de aprender só sobre matemática na aula de
matemática, só sobre português na aula de português? Não será mais
assim: as disciplinas precisarão “se conversar”, em vez de ficarem
separadas em “gavetinhas” distintas.
-O tempo
de permanência na escola aumentará de 4 para 5 horas diárias. O objetivo é que a carga
horária cresça progressivamente para haver mais colégios em tempo integral
(com 7 horas diárias).
-Cada estudante poderá montar seu próprio
ensino médio, escolhendo as áreas nas quais se aprofundará. A intenção é que sejam três
anos de estudo com: conhecimentos básicos de cada disciplina + conteúdos
focados nos objetivos pessoais e profissionais dos alunos.
-Foi
criado o chamado “projeto de vida”: um componente transversal
que será oferecido nas escolas para ajudar os jovens a entender suas
aspirações.
-Atenção: nenhuma
disciplina vai sumir do currículo. Pelo contrário: todas elas deverão ser
oferecidas seguindo as diretrizes da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) – um documento que estabelece as habilidades e matérias que
precisam ser ensinadas a todos.
As mudanças acima são regulamentadas por uma lei aprovada em 2017 – ou
seja, as redes de ensino tiveram 4 anos para se preparar até a
estreia, marcada para o início do ano que vem.
O início, entretanto, vai variar de um estado para outro.
Em Alagoas, por exemplo, uma parte dos alunos do 1º ano do ensino médio
já poderá escolher em quais áreas vai se aprofundar. No Rio de Janeiro, por
outro lado, as disciplinas eletivas só começarão a ser implementadas em 2023.
Outra diferença está no número de profissionais: o governo de São Paulo
vai contratar 10 mil novos professores para dar conta das mudanças, enquanto
Goiás não tem a intenção de aumentar o corpo docente.
Especialistas alertam também para as disparidades no investimento feito
pelo estados para preparar os professores para o novo ensino médio. E lembram
que a qualidade do ensino à distância durante a pandemia varia muito de um
estado para o outro, o que faz com que ela tenha tido impacto diferente no
conhecimento adquirido pelos alunos.
“É algo preocupante em termos de desigualdade”, afirma Lucas Fernandes
Hoogerbrugge, líder de relações governamentais do Todos Pela Educação.
Por: PortalParaíba