Quinta-feira, 27 de outubro-10 de 2022
Matéria do Folhapress
Foto: Ascom/stf
MATEUS
VARGAS BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral),
Alexandre de Moraes, decidiu nesta quarta-feira (26) rejeitar a ação
apresentada pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre suposto
boicote de rádios na veiculação da propaganda eleitoral.
Moraes disse que a ação de
Bolsonaro não tem provas e se baseia em levantamento de empresa “não
especializada em auditoria”.
O ministro apontou possível
“cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno
do pleito em sua última semana” e mandou o caso para ser avaliado dentro do
inquérito das fake news, que é relatado por ele mesmo no STF (Supremo Tribunal
Federal).
Moraes também encaminhou a
decisão à Procuradoria-Geral Eleitoral e ao corregedor-geral do TSE.
“Para instauração de
procedimento administrativo e apuração de responsabilidade, em eventual desvio
de finalidade na utilização de recursos do fundo partidário dos autores.”
Como mostrou a Folha, o
levantamento feito pela coligação de Bolsonaro não comprova a alegação de que
rádios do Norte e Nordeste deixaram de veicular propagandas eleitorais do chefe
do Executivo.
As emissoras citadas na
auditoria já começaram a contestar os dados da auditoria. Uma das rádios afirma
que o PL deixou de entregar as inserções durante um período, e por isso elas
não foram veiculadas.
Bolsonaro pedia ao TSE para
suspender toda a propaganda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no
rádio até as emissoras equilibrarem a veiculação de inserções entre candidatos.
“Assim, o que se tem é uma
petição inicial manifestamente inepta, pois nem sequer identifica dias,
horários e canais de rádio em que se teria descumprindo a norma eleitoral – com
a não veiculação da publicidade eleitoral”, afirmou Moraes.
Por:Folhapress