Sexta-feira, 07 de outubro-10 de 2022
Faixa com
árvores derrubadas e queimadas é vista em trecho da rodovia Transamazônica
(BR-230) em Humaitá (AM). (Foto: Michael Dantas/AFP)
Faixa
com árvores derrubadas e queimadas é vista em trecho da rodovia Transamazônica
(BR-230) em Humaitá (AM). (Foto: Michael Dantas/AFP)
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — A Amazônia teve o seu pior mês de setembro
de desmatamento do histórico recente do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais). O programa Deter registrou 1.454 km² de desmate no bioma.
O valor supera por pouco os 1.453 km² registrados em setembro de 2019,
que era, até aqui, o pior setembro já registrados pelo Inpe. A série histórica
recente do Deter tem início em 2015. Antes disso, já havia monitoramento do
Deter, mas, pelo melhora nos sensores de detecção de desmate, não são válidas
comparações com períodos anteriores.
A derrubada registrada em setembro equivale a mais de 900 parques
Ibirapuera, em São Paulo.
O Deter não tem como objetivo principal medir o desmatamento no bioma.
Sua função é detectar derrubadas quase em tempo real para auxiliar em operações
de fiscalização dos órgãos ambientais. Porém, a partir do Deter é possível
observar tendências de desmate dentro de um ano.
Na Amazônia tem ocorrido uma sequência de dados negativos para o bioma.
Além do desmatamento recordista, o mês de setembro também foi o pior em
queimadas em mais de uma década, segundo dados do programa Queimadas do Inpe.
Foram mais de 41 mil focos de calor na floresta em setembro desse ano. A
casa das 40 mil queimadas não era alcançada desde 2010, quando foram
registrados mais de 43 mil focos de fogo no bioma.
O projeto Planeta em Transe é apoiado pela Open Society Foundations.