Domingo, 27 de novembro-11 de 2022
Não haverá cobrança extra na conta de
luz pelo oitavo mês seguido. Justificativa da agência é que as condições de
geração de energia no país estão boas
Foto: Imagem ilustrativa/Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) anunciou nessa sexta-feira (25) a manutenção da bandeira tarifária
verde no mês de dezembro para as contas de luz dos consumidores conectados ao
Sistema Interligado Nacional (SIN). Com isso, não haverá cobrança extra na
conta de luz pelo oitavo mês seguido.
A justificativa da agência é que as condições de geração de
energia no país estão boas. “Com a chegada do período chuvoso, melhoram os
níveis dos reservatórios e as condições de geração das usinas hidrelétricas, as
quais possuem um custo mais baixo. Dessa forma, não é necessário acionar
empreendimentos com energia mais cara, como é o caso das usinas termelétricas”,
afirmou a Aneel, em nota.
Bandeiras tarifárias
Criadas em 2015
pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de
energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está
custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos
comerciais e nas indústrias.
Quando a conta
de luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta não sofre
qualquer acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a
conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira
vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a
bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril deste
ano, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
O Sistema
Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste,
Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção
são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o
estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o
consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por
energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.
Por: Agência Brasil

