Segunda-feira, 28 de novembro-11 de 2022
Se enquadram
como ultraprocessados itens como biscoitos, suco em pó, nuggets, salgadinhos e
hambúrgueres.
É possível reduzir o consumo de ultraprocessados com pequenas trocas no dia a dia.
Práticos e perigosos. Alimentos como biscoito recheado, macarrão
instantâneo e salsicha fazem parte dos chamados ‘ultraprocessados’, que,
conforme estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP)
e outras instituições, podem estar relacionados a 57 mil mortes prematuras,
entre pessoas de 30 a 69 anos, no Brasil.
Nutricionista do Sistema Hapvida NotreDame Intermédica, Sonalle Carolina
revela que, diferente dos demais alimentos, o ultraprocessado tem na maior
parte de sua composição restos de alimentos, excesso de conservantes,
aromatizantes e corantes. A mistura, além de não trazer qualquer benefício à
saúde, pode trazer uma série de doenças crônicas ou não transmissíveis.
“Uma alimentação focada em ultraprocessados é cancerígena, causa mais
alergia, menos saciedade e mais fome, afeta nosso sistema nervoso central,
dificulta a aprendizagem e atenção. Afeta também a saúde por conter alimentos
ricos em gordura, açúcar, aditivos químicos, gerando maior probabilidade de
desenvolver diabetes, dislipidemia, síndrome metabólica, aumento dos níveis de
colesterol e muitas outras doenças”, conta.
A especialista explica a diferença entre os tipos de alimentação. Se
enquadram como ultraprocessados itens como biscoitos, suco em pó, nuggets,
salgadinhos e hambúrgueres. Já os processados são aqueles que passam por algum
tipo de processamento mínimo: milho em conserva, sardinha em lata, iogurte e
extrato de tomate são alguns que não possuem tantos malefícios à saúde.
Os tipos de alimentos mais indicados para consumo, conforme a
nutricionista são os considerados ‘in natura’, que é quando saem do plantio direto
para o consumo: carnes, ovos, frutas, raízes, legumes e verduras estão entre
eles, também chamados de ‘comida de verdade’.
“A comida de verdade é saudável, barata, não precisa necessariamente
comprar em supermercado. Ela é que vai da terra para a sua mesa. Essa
alimentação não passa por processamento, e quando vai para casa o procedimento
é mínimo, como temperar, grelhar ou cozinhar”, lembra.
Conforme Sonalle, é possível reduzir o consumo de ultraprocessados com
pequenas trocas no dia a dia. A salsicha, presunto e salame podem ser trocados
por queijo, ovo cozido. Lanches como salgadinho e biscoito devem dar lugar a
oleaginosas como amendoim e castanha, ou frutas e iogurtes.
Por: Assessoria

