Segunda-feira, 24 de abril-(04) de 2023
Matéria de Gutemberg Cardoso
Após denúncias
anônimas de uma seita Igreja Internacional da Boa Nova no Quenia, uma vala
comum foi encontrada com cerca de 50 corpos. Segundo a Cruz Vermelha local, 112
pessoas foram dadas como desaparecidas.
Os fieis teriam morrido após
realizarem um jejum mortal seguindo orientações da Igreja que pregava o
encontro com Jesus Cristo. Até o momento 26 corpos tiveram a morte por inanição
confirmada, e outros casos estão sendo investigados. Os fiéis se esconderam a
mata.
Uma mulher foi encontrada e se
recusou a abrir a boca, afirmando que faria o jejum até a morte. Ela foi levada
para o hospital em estado grave de inanição e desidratação.
“Pedimos ao governo nacional
que envie tropas ao terreno para que possamos ir ao interior [da mata] para
socorrer as vítimas que continuam jejuando até a morte”, acrescentou. Falou
Hussein Khalid, membro da organização Haki Africa, que alertou a polícia sobre
as atividades da seita.
Outros 11 fiéis, sete homens e
quatro mulheres de entre 17 e 49 anos, foram hospitalizados na semana passada
após receberem ajuda na região de mata, conhecida como Shakahola.
Segundo a imprensa local, seis
seguidores de Makenzie Nthenge também foram detidos.
No relatório da Polícia consta
que: ” pessoas mortas de fome com o pretexto de conhecer Jesus depois que um
suspeito, Makenzie Nthenge, pastor da Igreja Internacional da Boa Nova, fez
nelas uma lavagem cerebral”.
“Muitos agentes de segurança
foram enviados para a mata de quase 320 hectares, que está cercada e declarada
como cena de crime”, afirmou no Twitter o ministro do Interior, Kithure
Kindiki.
O presidente do Quênia prometeu
ofensiva contra seitas após a repercussão internacional das mortes.
"O que vimos em Shakahola é algo característico de terroristas”,
declarou William Ruto.
Por: Gutemberg Cardoso