Terça-feira, 10 de outubro-(10) de 2023
Semana
de trabalho reduzida tem sido testada por empresas de diferentes países,
incluindo o Brasil
O
ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em audiência pública na Comissão de
Direitos Humanos do Senado — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho,
defendeu que o país inicie um debate sobre a adoção ou não da semana de
trabalho com quatro dias úteis, ao invés de cinco. Nesta segunda-feira (9), ele
foi questionado sobre o tema em audiência pública na Comissão de Direitos
Humanos e Legislação Participativa do Senado.
"Eu creio que a sociedade brasileira está na hora sim [de debater]
e o palco é o Congresso Nacional, que deve se debruçar sobre isso".
Marinho afirma que não chegou a tratar do tema com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), mas indica que o mandatário não seria contrário a um
possível avanço da discussão. Além disso, para o ministro, a economia
“suportaria” o modelo.
“Não tratei disso com o presidente Lula. É a minha opinião, não de
governo. Mas tenho certeza que o presidente Lula não iria bloquear um debate,
em que a sociedade reivindique que o parlamento analise a possibilidade de
redução da jornada de trabalho sem redução dos salários, evidentemente. Eu acho
que a economia brasileira suportaria”, disse.
Luiz Marinho complementou afirmando que se há debates sobre novas
tecnologias, como a inteligência artificial, “é necessário que se pense a
jornada" de trabalho.
A semana com quatro dias úteis tem sido testada por empresas de
diferentes países do mundo, sobretudo na Europa. Recentemente, algumas empresas
brasileiras também aderiram aos experimentos.
Defensores do modelo acreditam que apesar de reduzir um dia de trabalho,
ele aumenta a produtividade dos trabalhadores, com menos riscos à saúde dos
empregados.
Por: Levy Guimarães – O Tempo