Terça-feira, 21 de novembro-(11) de 2023
Matéria do Paraíba.com
Hospital Padre Zé, em
João Pessoa — (Foto: Ilustrativa/Divulgação)
O empresário Roberto Santiago custeou o pagamento da folha
salarial dos médicos do Hospital Padre Zé, localizado em João Pessoa, referente
ao mês de agosto. A informação foi divulgada em primeira mão pelo programa Arapuan Verdade, do Sistema Arapuan de Comunicação nesta
terça-feira (21).
Segundo informações do programa, o desembolso realizado por
Santiago em setembro totalizou R$ 600 mil.
Além disso, o empresário se comprometeu a liderar um grupo
composto por 10 empresários, que irá financiar os pagamentos dos médicos pelos
próximos três meses. Segundo o diretor da unidade, Padre George, o custeio
total mensal da folha de pessoal no Padre Zé é aproximadamente R$ 700 mil.
Durante audiência no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB),
Padre George Batista apontou que as receitas do hospital sofreram uma queda
significativa devido ao escândalo na gestão do ex-diretor Padre Egídio. O
Ministério Público alega que Egídio desviou aproximadamente R$ 140 milhões em
recursos do Hospital Padre Zé para a aquisição de 29 imóveis de luxo na
Paraíba, Pernambuco, São Paulo e Paraná, além de outros bens, como bebidas,
obras de arte e animais.
O empresário paraibano Roberto Santiago fundou os shoppings
Manaíra e Mangabeira, em João Pessoa, tendo sido um dos pioneiros do ramo em todo
o país. O Manaíra Shopping foi aberto ainda em 1989, se tornando o
primeiro da região Nordeste. Já o Mangabeira Shopping foi fundado em 2014 e se
consolidou como principal centro comercial de João Pessoa fora da região de
orla.
Operação
A Justiça da Paraíba expediu três mandados de prisão contra
ex-dirigentes do Hospital Padre Zé, de João Pessoa. E um deles é o padre Egídio
de Carvalho Neto, ex-diretor da unidade hospitalar, que é suspeito de desvio de
verba contra a instituição na ordem de até R$ 140 milhões. Ele foi preso nesta
sexta-feira (17).
O delegado André Marcedo, da Delegacia de Repressão ao Crime
Organizado (Draco), informou que o padre Egídio se apresentou às autoridades.
Sob custódia, ele passou por exame de corpo de delito no Intituto de Medicina
Legal (IML) e foi levado para a Central de Polícia, onde deve aguardar a
audiência de custódia.
Outras duas pessoas também são alvo dos mandados de prisão: a
ex-tesoureira da instituição, Amanda Duarte, e a ex-diretora administrativa,
Jannyne Dantas. Elas seguem foragidas.
A determinação das prisões foi do
desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba. O pedido
inicialmente havia sido negado pelo juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa,
mas o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) recorreu da
decisão. O desembargador elenca a garantia da ordem pública, a conveniência da
instrução criminal e o asseguramento da aplicação da lei penal para justificar
as prisões.
Por: Portal Paraíba.com