Domingo, 05 de maio-(05) de 2024
Matéria da Agência Brasil
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e os
ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) e
Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) afirmaram que esforços
conjuntos dos governos se concentram, no momento, em resgatar o maior número de
pessoas.
Ao menos desde a última segunda-feira (29), o Rio Grande
do Sul tem sido atingido por fortes chuvas, que provocaram deslizamentos,
enchentes e outras ocorrências em ao menos 317 municípios.
Segundo balanço mais recente do governo gaúcho, 55 mortes
foram confirmadas em decorrência dos temporais. Outras 107 pessoas ficaram
feridas e mais 74 encontram-se desaparecidas. Ao todo, há 13.324 pessoas em
abrigos e ainda 69.242 desalojados.
“Isso é o que está registrado. Como há situações ainda
sendo investigadas, esse número [de mortos] pode crescer exponencialmente”,
disse Leite em entrevista coletiva. “Esse momento é ainda de resgates, de
chegar nos locais”, acrescentou o governador.
Resgates
As estradas do estado registram mais de 120 pontos de
bloqueio, o que dificulta as operações. De acordo com o ministro Paulo Pimenta,
há 32 aeronaves operando nos trabalhos de resgate da população e mais de 10 mil
resgates foram realizados até o momento.
“Amanhã vai ser um dia ainda fundamental para salvar
vidas”, disse Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da
Presidência.
“Vamos buscar até o último momento salvar todo mundo que
puder ser salvo”, acrescentou. “Depois juntos vamos pensar no trabalho de
reconstrução, de restabelecimento”.
Segundo as autoridades, os principais pontos de atenção
se concentram na região metropolitana de Porto Alegre, que enfrenta a maior
cheia já registrada do lago Guaíba, que vem recebendo volumes significativos de
água vinda do interior do estado.
Neste sábado, o Guaíba chegou a cinco metros, dois metros
acima da cota de inundação. A região central de Porto Alegre e outros bairros
registram inundações e, em algumas localidades, milhares de pessoas precisaram
ser retiradas.
Reconstrução
O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional,
Waldez Góes, disse que a pasta já tem uma série de reuniões marcadas para os
próximos dias com equipes do governo estadual, para que se inicie o trabalho de
planejamento da reconstrução e recuperação das regiões atingidas.
Questionado sobre o quanto o governo federal pretende
empregar nos esforços de reconstrução, o ministro Paulo Pimenta não citou uma
cifra, mas reafirmou “que não há um limite orçamentário, não há um limite de
pessoal, não há um limite de equipamento”.
O governador Eduardo Leite lembrou que o nível dos rios
gaúchos deve demorar para baixar e que, por isso, “vão ser muitos dias de
muitos problemas ainda”. Ele frisou a necessidade de que seja elaborado um
plano excepcional de reconstruções, com procedimentos mais fáceis para a
liberação de recursos.
Ele ainda agradeceu o apoio das Forças Armadas e do
governo federal no socorro à população atingida.
“Todos nós devemos estar a altura do que a história exige
de nós neste momento, como autoridades públicas, colocando de lado todas as
diferenças [políticas]”, afirmou o governador gaúcho. “Quem já foi vítima da
tragédia não pode ser vítima depois da desassistência, da demora e da
burocracia”.
Por: Agência Brasil